Qual o propósito de uma au pair que move seu traseiro do Brasil aos EUA para:
- fazer amizade apenas com brasileiros e não ter um pingo de curiosidade/vontade de conhecer o pessoal de outras partes do mundo?
- frequentar SÓ restaurantes brasileiros, baladas brasileiras, cidades abrasileiradas, ver bandas brasileiras e comprar produtos brasileiros?
- não querer viajar pelos EUA porque, supostamente, já conhece tudo o que queria conhecer de um país que tem CINQUENTA estados?
- ter preguiça de celebrar os feriados tipicamente americanos, como 4 de julho, Thanksgiving, Halloween e etc? Onde ela espera conhecer isso? Na Wizard ou na Cultura Inglesa?
Sério, tem gente que não dá pra entender. Se alguém tiver alguma resposta decente pras perguntas acima, faça o favor de shed a light on my ignorance nos comentários. ;-)
Beijo!
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
EUA e Brasil: no meio do abismo
Well, well, well... eu falei que estava sem assunto pra postar, mas olha eu aqui de novo, hehe.
É que, desde que eu cheguei, muita gente tem me perguntado quais as maiores diferenças entre os EUA e o Brasil, do que eu sinto falta, o que tem lá que não tem aqui, o que tem aqui que não tém lá, e blá blá blá blá. Por mais cabeça aberta que vc seja e por mais que haja um abismo social, econômico, financeiro, ideológico e etc entre dois lugares tão diferentes como o Brasil e os EUA, é inevitável fazer comparações entre o seu país e o país em que vc vai passar 1 ano (ou 2, ou mais) morando. E como não dá pra generalizar tudo, ainda mais pq eu não morei no BR inteiro nem nos USA inteiro, aí vai o balanço da minha análise capenga entre São Paulo e New York City (pq comparar SP a Maplewood é covardia, hahaha).
- Transporte público: oh, céus, o transporte público. A razão que me faz percorrer os classificados na web todos os dias, procurando um apê pra sair de Santo André e vir de vez pra Sampa. Ok, o metrozão em NYC pode ser infernal durante a hora do rush (sim, eu já peguei mais de uma vez), mas aquele lance de pegar o trem dos suburbs pra NYC e ir sentadinho e confortável, sem virar um pão de forma no fim da viagem é muito magia Disney... Bem que poderiam transferir o conforto do trecho Maplewood - Penn Station pro Santo André - Estação da Luz. Tá, eu sei, é pedir demais... hehehe. Além disso, as estações de metrô de NYC podem ser feias, sujas e perigosas, mas a funcionalidade de cruzar a cidade INTEIRA de metrô é priceless.
- Boas maneiras e educação: um dia eu não me seguro da vontade de dar um peteleco em quem diz que "americano é tudo educado, brasileiro que é um bando de tosco sem-educação". Bom... o que eu tenho a dizer é: educado é quem tem família em casa pra falar o que é certo e o que é errado, ensinar a dizer os "por favores", "obrigados" e "com licenças" da vida -- e pra isso, não importa a nacionalidade. Gente grossa e gente gentil e bem-educada tem em todo canto do mundo. Até no Brasil, sabia?
- Violência e segurança: taí um tópico pra lá de polêmico. Mas vou ser curta e grossa: você não abre seu laptop, alegre e faceiro, em plena praça da Sé pra trabalhar -- do mesmo jeito que você não faria o mesmo num banquinho de praça no meio do Bronx, certo? É claro que a sensação de segurança que se tem em NYC é bem maior, afinal, os cops estão por todos os lados e realmente repreendem os ladrões, enquanto aqui no Brasil... bom, vcs já sabem. E essa é a maior diferença, porque lugar perigoso e barra pesada, assim como lugares tranquilos e agradáveis, existem desde a Guatemala até a Escócia.
- Saúde: Ok, a situação da saúde pública no Brasil é alarmante, quem não tem plano de saúde se ferra, etc, etc, etc. Mas o tio Sam também não é tão bonzinho com quem precisa ir ao médico e não tem assistência privada -- o que, nos EUA, é muuuuuito mais caro do que no Brasil, é só acompanhar as manchetes sobre os planos de Obama para a saúde. Vou sair um pouco do eixo NYC - SP pra falar rapidinho de um causo que aconteceu nas minhas férias na Califórnia. A Amanda, que foi comigo, teve uma infecção braba no olho enquanto estávamos em Los Angeles, e fomos correndo pro hospital mais próximo. Depois de passarmos 6 horas esperando durante a madrugada na fila da emergência (irônico, né?), saímos de lá sem atendimento -- além disso, fomos tratadas pior do que o mosquito do cocô do cavalo do bandido. Engraçado que, se eu trocasse "Los Angeles" por "São Paulo" ou "Rio de Janeiro", ninguém se surpreenderia...
- A 5a avenida que me desculpe, mas eu sou bem mais a Oscar Freire. ;-)
Ok, essa foi uma análise beeeem capenga e superficial, mas são só algumas das impressões que eu tive e que eu queria compartilhar com vcs. Concorda? Discorda? Ótimo, adoro ouvir opiniões diferentes das minhas.
Conhecer um outro país ou morar nele não é só tirar milhões de fotos com pontos turísticos, encher a mala de eletrônicos e roupas de marca e voltar dizendo que o Brasil é uma merda. Pra não correr o risco de virar aquele mala que só reclama do Brasil e diz que "vida boa mesmo é no estrangeiro", tente observar tudo com olhar crítico e ponderar as coisas.
Não estou dizendo que o Brasil é um paraíso (tá longe de ser), mas os EUA também não é. Muita au pair se deslumbra com a vida que se tem aí, mas lógico, au pair mora nos suburbs, normalmente em lugares tranquilos, numa casa enorme e linda, com carros na garagem e um padrão de vida top. Mas junte A com B: alguma coisa daquilo ali é seu? Éééé... não. Agora, tente viver nos EUA com o salário que vc tem aqui no Brasil e veja o que vc consegue. Com sorte, o Bronx te espera de braços abertos. ;-)
Beijo pra quem fica!
É que, desde que eu cheguei, muita gente tem me perguntado quais as maiores diferenças entre os EUA e o Brasil, do que eu sinto falta, o que tem lá que não tem aqui, o que tem aqui que não tém lá, e blá blá blá blá. Por mais cabeça aberta que vc seja e por mais que haja um abismo social, econômico, financeiro, ideológico e etc entre dois lugares tão diferentes como o Brasil e os EUA, é inevitável fazer comparações entre o seu país e o país em que vc vai passar 1 ano (ou 2, ou mais) morando. E como não dá pra generalizar tudo, ainda mais pq eu não morei no BR inteiro nem nos USA inteiro, aí vai o balanço da minha análise capenga entre São Paulo e New York City (pq comparar SP a Maplewood é covardia, hahaha).
- Transporte público: oh, céus, o transporte público. A razão que me faz percorrer os classificados na web todos os dias, procurando um apê pra sair de Santo André e vir de vez pra Sampa. Ok, o metrozão em NYC pode ser infernal durante a hora do rush (sim, eu já peguei mais de uma vez), mas aquele lance de pegar o trem dos suburbs pra NYC e ir sentadinho e confortável, sem virar um pão de forma no fim da viagem é muito magia Disney... Bem que poderiam transferir o conforto do trecho Maplewood - Penn Station pro Santo André - Estação da Luz. Tá, eu sei, é pedir demais... hehehe. Além disso, as estações de metrô de NYC podem ser feias, sujas e perigosas, mas a funcionalidade de cruzar a cidade INTEIRA de metrô é priceless.
- Boas maneiras e educação: um dia eu não me seguro da vontade de dar um peteleco em quem diz que "americano é tudo educado, brasileiro que é um bando de tosco sem-educação". Bom... o que eu tenho a dizer é: educado é quem tem família em casa pra falar o que é certo e o que é errado, ensinar a dizer os "por favores", "obrigados" e "com licenças" da vida -- e pra isso, não importa a nacionalidade. Gente grossa e gente gentil e bem-educada tem em todo canto do mundo. Até no Brasil, sabia?
- Violência e segurança: taí um tópico pra lá de polêmico. Mas vou ser curta e grossa: você não abre seu laptop, alegre e faceiro, em plena praça da Sé pra trabalhar -- do mesmo jeito que você não faria o mesmo num banquinho de praça no meio do Bronx, certo? É claro que a sensação de segurança que se tem em NYC é bem maior, afinal, os cops estão por todos os lados e realmente repreendem os ladrões, enquanto aqui no Brasil... bom, vcs já sabem. E essa é a maior diferença, porque lugar perigoso e barra pesada, assim como lugares tranquilos e agradáveis, existem desde a Guatemala até a Escócia.
- Saúde: Ok, a situação da saúde pública no Brasil é alarmante, quem não tem plano de saúde se ferra, etc, etc, etc. Mas o tio Sam também não é tão bonzinho com quem precisa ir ao médico e não tem assistência privada -- o que, nos EUA, é muuuuuito mais caro do que no Brasil, é só acompanhar as manchetes sobre os planos de Obama para a saúde. Vou sair um pouco do eixo NYC - SP pra falar rapidinho de um causo que aconteceu nas minhas férias na Califórnia. A Amanda, que foi comigo, teve uma infecção braba no olho enquanto estávamos em Los Angeles, e fomos correndo pro hospital mais próximo. Depois de passarmos 6 horas esperando durante a madrugada na fila da emergência (irônico, né?), saímos de lá sem atendimento -- além disso, fomos tratadas pior do que o mosquito do cocô do cavalo do bandido. Engraçado que, se eu trocasse "Los Angeles" por "São Paulo" ou "Rio de Janeiro", ninguém se surpreenderia...
- A 5a avenida que me desculpe, mas eu sou bem mais a Oscar Freire. ;-)
Ok, essa foi uma análise beeeem capenga e superficial, mas são só algumas das impressões que eu tive e que eu queria compartilhar com vcs. Concorda? Discorda? Ótimo, adoro ouvir opiniões diferentes das minhas.
Conhecer um outro país ou morar nele não é só tirar milhões de fotos com pontos turísticos, encher a mala de eletrônicos e roupas de marca e voltar dizendo que o Brasil é uma merda. Pra não correr o risco de virar aquele mala que só reclama do Brasil e diz que "vida boa mesmo é no estrangeiro", tente observar tudo com olhar crítico e ponderar as coisas.
Não estou dizendo que o Brasil é um paraíso (tá longe de ser), mas os EUA também não é. Muita au pair se deslumbra com a vida que se tem aí, mas lógico, au pair mora nos suburbs, normalmente em lugares tranquilos, numa casa enorme e linda, com carros na garagem e um padrão de vida top. Mas junte A com B: alguma coisa daquilo ali é seu? Éééé... não. Agora, tente viver nos EUA com o salário que vc tem aqui no Brasil e veja o que vc consegue. Com sorte, o Bronx te espera de braços abertos. ;-)
Beijo pra quem fica!
sexta-feira, 31 de julho de 2009
1, 2, 3, 4 -- 4, 3, 2, 1
Novidades da vida pós-au pair:
- Valeu pelas good vibrations, meninas: arranjei um emprego e estou na ativa há quase 1 mês. Congrats pra mim, êêê! Estou numa editora superbacana, fazendo o que mais gosto e, o que é melhor, aprendendo MUITO. E não era exatamente uma das coisas que eu mais queria?
- Voltar à vida de "gente grande" nem sempre é fácil: contas pra pagar, bateção de perna pra encontrar um apê decente, frustração com a falta de educação alheia... mas com uma boa dose de paciência e perseverança, não há de ser nada! Quem completou com sucesso um ano de au pair tem jogo de cintura pra qualquer coisa, meu bem!
- Saudades da vida nos States? Sim, de vez em quando. Tem hora que chega a doer o coração perceber que não estou mais lá, mas logo passa. Como bem disse a Dre, pra quem já morou nos EUA, NY é logo ali -- e, devo acrescentar, San Francisco também. ;-) Ah, mas não estou depressiva, nem com vontade de voltar tão cedo -- a não ser com uma passagem paga e um cartão de crédito sem limites. Uahaha.
- Encontrei com algumas amigas au pairs aqui no Brasil e, ai... alguém aí sabe se já inventaram máquina do tempo? Como seria bom reviver tudo o que a gente passou nos USA! Mas o melhor é saber que as amizades continuam firmes e fortes aqui no BR. ;-)
- Ah, este blog está prestes a acabar de vez. E' que a vida pós- au pair não tem tanta graça assim pra ser contada publicamente, vamos concordar... hehehe. Quem sabe, nos próximos posts eu volte pra falar um pouco sobre as minhas andanças pelos States, com o propósito de dar dicas pras minhas ex-colegas de trabalho. Que tal??
Beijos, boa sorte pras au pairs beginners e, pras au pairs "em exercício" (rá!), força na peruca!
Mari.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Now I'm home, I'm in the place where I belong
E aêêê, moçada? Uma passada pra dar notícias e fazer um balanço da vida de pós-au pair.
Pois bem, já faz 1 mês e uma semana que eu desembarquei em solo brasileiro. E já parece que uns 6 meses se passaram! Ainda bem. Eu estava com medo de ficar entediada, de não me acostumar novamente à "vida como ela é", mas que nada. Eu tô ficando igual líquido: se adapta a qualquer recipiente, independente da forma, hahaha. Se isso é bom ou ruim eu ainda não sei, mas acredito que está mais pra primeira opção. ;-)
É claro que a vida de pós-au pair não tem toda a curtição da vida de au pair, mas disso eu já sabia. Mas continuo saindo com amigos, tomando minhas cervejinhas (ainda que não no meio da semana-- ainda, hehe), fazendo planos mirabolantes de viagens pros próximos feriados prolongados... Claro que eu não sinto tanto a necessidade desesperadora de sair TODO final de semana, afinal, além de não querer sair de casa pra fugir da host family, agora eu estou perto do namo e tenho coisas mais interessantes pra fazer além de procurar um programa pra todo fds (6).
Por outro lado, tem coisas às quais eu ainda não consegui me acostumar. Não ouvir inglês o tempo todo e ser obrigada a falar inglês, por exemplo. Esqueçam Starbucks, Victoria's Secret por 3 doletas e Guinness a preço de banana. O que eu sinto falta MESMO é do tal do inglês. E talvez a minha dica pras futuras pós-au pairs seja arranjar um jeito de não perder o idioma: assistindo séries e filmes sem legenda, fazendo compositions fictícias pra praticar o writing, frequentar aulas de conversação, que seja. O negócio é ir atrás pra continuar praticando inglês e não perder o rebolado -- a não ser que você tenha passado 1 ano ou 2 na gringa só pra comprar Victoria's Secret mais barato. :-D
Do resto, a vida aqui vai bem. Estou, como toda pós- au pair, à procura de emprego, mas também arranjei uns 9734897 freelas em editoras que estão tomando boa parte do meu tempo -- e garantindo o leitinho das crianças, claro. Já fiz um teste da Cultura Inglesa e em agosto começo o curso preparatório pra tirar o certificado de proficiência de Cambridge. Viciei no "The Office" (um seriado que eu SUPER recomendo), estou terminando a terceira temporada e, por causa dele, já sinto falta das pataquadas da vida corporativa. Já tenho a próxima viagem de férias toda planejada aqui na cachola (não, eu não tenho emprego, mas já tenho planos pra viagem de férias, hahaha).
Ah, e não contei que eu recebi a visita da minha ex-host mom aqui em Sampa! Hahaha. Ela veio a SP a trabalho, e nos encontramos num domingão de sol pra eu mostrar a cidade pra ela. Teve Mercadão (que ela adorou, tirou trocentas fotos das frutas e legumes), Parque do Ibirapuera e MAM, Museu do Ipiranga e, no fim do dia, caipirinha na Cachaçaria Água Doce, que ninguém é de ferro. Dava pra bater aposta pra ver quem tinha ficado mais tleze de caipirinha, eu ou ela, hahaha. Foi um dia super agradável, ela adorou a cidade e estava pra lá de nice. Quem sabe se fosse sempre assim eu não teria ficado mais uns 6 meses na casa dela, hehehe.
Bom, então é isso, pessoal... a vida vai bem, obrigada, e agora é só olhar pra frente!
Boa sorte pras futuras au pairs e pras meninas que ainda estão "na lida" -- May the Force be with you! :-)
Beijomeliga,
Mari.
Pois bem, já faz 1 mês e uma semana que eu desembarquei em solo brasileiro. E já parece que uns 6 meses se passaram! Ainda bem. Eu estava com medo de ficar entediada, de não me acostumar novamente à "vida como ela é", mas que nada. Eu tô ficando igual líquido: se adapta a qualquer recipiente, independente da forma, hahaha. Se isso é bom ou ruim eu ainda não sei, mas acredito que está mais pra primeira opção. ;-)
É claro que a vida de pós-au pair não tem toda a curtição da vida de au pair, mas disso eu já sabia. Mas continuo saindo com amigos, tomando minhas cervejinhas (ainda que não no meio da semana-- ainda, hehe), fazendo planos mirabolantes de viagens pros próximos feriados prolongados... Claro que eu não sinto tanto a necessidade desesperadora de sair TODO final de semana, afinal, além de não querer sair de casa pra fugir da host family, agora eu estou perto do namo e tenho coisas mais interessantes pra fazer além de procurar um programa pra todo fds (6).
Por outro lado, tem coisas às quais eu ainda não consegui me acostumar. Não ouvir inglês o tempo todo e ser obrigada a falar inglês, por exemplo. Esqueçam Starbucks, Victoria's Secret por 3 doletas e Guinness a preço de banana. O que eu sinto falta MESMO é do tal do inglês. E talvez a minha dica pras futuras pós-au pairs seja arranjar um jeito de não perder o idioma: assistindo séries e filmes sem legenda, fazendo compositions fictícias pra praticar o writing, frequentar aulas de conversação, que seja. O negócio é ir atrás pra continuar praticando inglês e não perder o rebolado -- a não ser que você tenha passado 1 ano ou 2 na gringa só pra comprar Victoria's Secret mais barato. :-D
Do resto, a vida aqui vai bem. Estou, como toda pós- au pair, à procura de emprego, mas também arranjei uns 9734897 freelas em editoras que estão tomando boa parte do meu tempo -- e garantindo o leitinho das crianças, claro. Já fiz um teste da Cultura Inglesa e em agosto começo o curso preparatório pra tirar o certificado de proficiência de Cambridge. Viciei no "The Office" (um seriado que eu SUPER recomendo), estou terminando a terceira temporada e, por causa dele, já sinto falta das pataquadas da vida corporativa. Já tenho a próxima viagem de férias toda planejada aqui na cachola (não, eu não tenho emprego, mas já tenho planos pra viagem de férias, hahaha).
Ah, e não contei que eu recebi a visita da minha ex-host mom aqui em Sampa! Hahaha. Ela veio a SP a trabalho, e nos encontramos num domingão de sol pra eu mostrar a cidade pra ela. Teve Mercadão (que ela adorou, tirou trocentas fotos das frutas e legumes), Parque do Ibirapuera e MAM, Museu do Ipiranga e, no fim do dia, caipirinha na Cachaçaria Água Doce, que ninguém é de ferro. Dava pra bater aposta pra ver quem tinha ficado mais tleze de caipirinha, eu ou ela, hahaha. Foi um dia super agradável, ela adorou a cidade e estava pra lá de nice. Quem sabe se fosse sempre assim eu não teria ficado mais uns 6 meses na casa dela, hehehe.
Bom, então é isso, pessoal... a vida vai bem, obrigada, e agora é só olhar pra frente!
Boa sorte pras futuras au pairs e pras meninas que ainda estão "na lida" -- May the Force be with you! :-)
Beijomeliga,
Mari.
sábado, 23 de maio de 2009
I'm back!
Pois é, minha gente... depois de quase 1 mês sem dar notícias, eis que volto postando de um lugar diferente, cheia de novas e com um sorrisão enoooorme no rosto. No momento estou na casa da minha mãe, com a pança doendo de tanto comer as famosas esfihas que ela faz e (quase) cansada de tanto ser paparicada. Ai, ai, life is good... (6)
Mas vamos por partes -- como sempre. Antes de voltar ao Brazil, ops, Brasil, parti pra uma viagem de 10 dias rumo ao meu destino acessível dos sonhos: Califórnia. Foram 3 dias em Los Angeles e 5 dias em San Francisco com a companhia super especial da minha marida Amanda, e o que posso dizer é o seguinte: LA é foda, mas San Fran é megaultra fodaça. Não me perguntem de onde veio a obsessão, mas eu sempre fui louca pra conhecer San Francisco. Lógico que eu tenho vontade de carimbar meu passaporte o maior número possível de vezes e visitar muitos e muitos lugares, mas quando eu decidi ir pros EUA, coloquei na cabeça: eu TINHA de conhecer SF.
Resumão pra geral, então. Nos divertimos horrores e andamos até cansar em LA, cobrindo os pontos turísticos básicos: Hollywood Sign, Calçada da Fama, Beverly Hills, Universal Studios e as praias de Santa Monica e Venice Beach. Foi divertido e tal, mas a cidade nem tem nada de tãããããõ especial -- o que fez a passagem por LA valer a pena, pra variar, foram os micos e roubadas de viagem, heheh.
De lá fomos de avião pra San Francisco, e putaqueopariu. Se tem uma cidade que eu tenho que morar algum dia na minha vida (nem se for por 1 mês e num muquifo) é SF. Lugar lindo, limpo, organizado, com gente simpática, vistas exuberantes (e, pra gente, mais episódios hilários!)... Teve passeio de cable car, bateção de perna no Golden Gate Park, na Haight Ashbury Street, na Lombard Street, na Chinatown e em Sausalito, road trip pra Santa Cruz, excursão pro parque nacional de Yosemite (e suspiros mil pra paisagem), caminhada e lagriminha na Golden Gate Bridge... Esses dias de férias renderam uma bela lavada na alma, um colírio pros olhos e uma declaração de amor pra San Francisco que vai ficar pra sempre na minha pele -- literalmente!
Fotos em breve -- mesmo!
***********
Depois de voltarmos de San Francisco, foi hora de me despedir de NYC e da minha sis, que agora mora nos EUA. Foi uma delícia passar um dia todo com ela nos meus pontos preferidos de NYC, bater papo, refletir sobre a vida e rir até doer a barriga com piadinhas infames. Aí voltei pra Jersey, me despedi (pela terceira vez, haha) das minhas amiguxas com um almoço pra lá de gostoso e me preparei pra pegar o avião pra casa. A despedida das crianças foi super fofa: os dois me deram um group hug, me encheram de beijos e ficaram falando "tchau, tchau", assim, em português, hehehe. Não rolou chororô em nenhum momento, mas eu senti bem vendo que deixei alguma coisa boa com eles, assim como eles (por mais pestinhas que fossem) deixaram comigo.
Quando o avião decolou e eu vi Newark ficando pequenininha, deu uma sensação maravilhosa. Passou um mini-flashback de tudo o que aconteceu nesse ano: momentos felizes, revoltantes, difíceis, divertidos, embasbacantes, com um nível alcoólico beeeem acima do permitido... sabe aquela sensação de dever cumprido? Foi exatamente assim que eu me senti. E sabendo que ainda tem muito, muito mais pra conhecer, aprender e aproveitar... além dos EUA, claro ;-)
***********
A chegada em Guarulhos foi, digamos, meio confusa, hehe. Não recebi minhas malas (na verdade, uma delas ainda não foi recuperada) e fiquei com cara de tacho, até que vi o Edu e abri AQUELE sorrisão, hehehe. A partir daí foi só paparicação, encheção de pança, mimos e descanso. E aí a gente volta ao que ainda tá acontecendo aqui na casa da minha mamis ;-) Vou aproveitar até chegar a hora de voltar a ser gente grande, né? Mas por enquanto eu sou só a bebê da casa e a darling do meu namorado, heheh. Coisa boa, não?
Valeu mesmo pras meninas que acompanharam o blog (que em breve vai virar museu), e que venha a próxima fase! :-)
Mas vamos por partes -- como sempre. Antes de voltar ao Brazil, ops, Brasil, parti pra uma viagem de 10 dias rumo ao meu destino acessível dos sonhos: Califórnia. Foram 3 dias em Los Angeles e 5 dias em San Francisco com a companhia super especial da minha marida Amanda, e o que posso dizer é o seguinte: LA é foda, mas San Fran é megaultra fodaça. Não me perguntem de onde veio a obsessão, mas eu sempre fui louca pra conhecer San Francisco. Lógico que eu tenho vontade de carimbar meu passaporte o maior número possível de vezes e visitar muitos e muitos lugares, mas quando eu decidi ir pros EUA, coloquei na cabeça: eu TINHA de conhecer SF.
Resumão pra geral, então. Nos divertimos horrores e andamos até cansar em LA, cobrindo os pontos turísticos básicos: Hollywood Sign, Calçada da Fama, Beverly Hills, Universal Studios e as praias de Santa Monica e Venice Beach. Foi divertido e tal, mas a cidade nem tem nada de tãããããõ especial -- o que fez a passagem por LA valer a pena, pra variar, foram os micos e roubadas de viagem, heheh.
De lá fomos de avião pra San Francisco, e putaqueopariu. Se tem uma cidade que eu tenho que morar algum dia na minha vida (nem se for por 1 mês e num muquifo) é SF. Lugar lindo, limpo, organizado, com gente simpática, vistas exuberantes (e, pra gente, mais episódios hilários!)... Teve passeio de cable car, bateção de perna no Golden Gate Park, na Haight Ashbury Street, na Lombard Street, na Chinatown e em Sausalito, road trip pra Santa Cruz, excursão pro parque nacional de Yosemite (e suspiros mil pra paisagem), caminhada e lagriminha na Golden Gate Bridge... Esses dias de férias renderam uma bela lavada na alma, um colírio pros olhos e uma declaração de amor pra San Francisco que vai ficar pra sempre na minha pele -- literalmente!
Fotos em breve -- mesmo!
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Depois de voltarmos de San Francisco, foi hora de me despedir de NYC e da minha sis, que agora mora nos EUA. Foi uma delícia passar um dia todo com ela nos meus pontos preferidos de NYC, bater papo, refletir sobre a vida e rir até doer a barriga com piadinhas infames. Aí voltei pra Jersey, me despedi (pela terceira vez, haha) das minhas amiguxas com um almoço pra lá de gostoso e me preparei pra pegar o avião pra casa. A despedida das crianças foi super fofa: os dois me deram um group hug, me encheram de beijos e ficaram falando "tchau, tchau", assim, em português, hehehe. Não rolou chororô em nenhum momento, mas eu senti bem vendo que deixei alguma coisa boa com eles, assim como eles (por mais pestinhas que fossem) deixaram comigo.
Quando o avião decolou e eu vi Newark ficando pequenininha, deu uma sensação maravilhosa. Passou um mini-flashback de tudo o que aconteceu nesse ano: momentos felizes, revoltantes, difíceis, divertidos, embasbacantes, com um nível alcoólico beeeem acima do permitido... sabe aquela sensação de dever cumprido? Foi exatamente assim que eu me senti. E sabendo que ainda tem muito, muito mais pra conhecer, aprender e aproveitar... além dos EUA, claro ;-)
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A chegada em Guarulhos foi, digamos, meio confusa, hehe. Não recebi minhas malas (na verdade, uma delas ainda não foi recuperada) e fiquei com cara de tacho, até que vi o Edu e abri AQUELE sorrisão, hehehe. A partir daí foi só paparicação, encheção de pança, mimos e descanso. E aí a gente volta ao que ainda tá acontecendo aqui na casa da minha mamis ;-) Vou aproveitar até chegar a hora de voltar a ser gente grande, né? Mas por enquanto eu sou só a bebê da casa e a darling do meu namorado, heheh. Coisa boa, não?
Valeu mesmo pras meninas que acompanharam o blog (que em breve vai virar museu), e que venha a próxima fase! :-)
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Borboletas
As borboletas não param de voar no meu estômago... a 2 semanas de voltar pra casa, o frio na barriga chegou aqui e parou!
Mas antes de voltar à terra Brasilis, uma paradinha merecida na Califórnia, porque a au pair aqui não é de ferro. Vou ali e já volto. Mesmo! ;-)
Mas antes de voltar à terra Brasilis, uma paradinha merecida na Califórnia, porque a au pair aqui não é de ferro. Vou ali e já volto. Mesmo! ;-)
terça-feira, 21 de abril de 2009
1 year and counting
Booooooooooom dia, flor do dia!
Empolgação? Imagina. O tempo lá fora pode estar feio, o quarto pode estar mais bagunçado que fim de feira, mas o sorrisão hoje não sai do rosto. Por quê? Porque hoje, dia 21 de abril, completo 1 ano de Estados Unidos.
Há um ano, eu estava chegando aqui sem saber se ia dar certo, com um frio terrível na barriga, mas com sede de aproveitar tudo o que essa terrinha poderia me oferecer. E como aproveitei... foram (estão sendo) 12 meses de um misto tão intenso de sensações que só vindo pra cá mesmo pra entender. Alegria, nervosismo, tristeza, felicidade, revolta, saudade, tudo se junta de uma maneira tão forte e tão instável que não há como passar imune por essa experiência. Neste ano, eu...
* descobri que sou muito mais forte do que imaginava
* ri tanto até dar cãibra na barriga, inúmeras vezes e pelos mais diversos motivos
* fiquei com a cara inchada de tanto chorar, tanto de tristeza quanto de alegria
* viciei em Starbucks e Panera Bread
* desenvolvi um senso de direção de deixar GPS no chinelo (hahahahah, nem tanto, nem tanto!)
* fui parar na corte por ainda não ter a carteira de motorista de NJ quando fui parada pelo cop (manhê, sou uma fora da lei!)
* filosofei sobre os assuntos mais inusitados, nos lugares mais inusitados e com as pessoas mais inusitadas
* quase mandei a fuça numa árvore depois de o carro ter hidroplanado no meio da rua
* aprendi expressões em inglês que eu tenho vergonha de falar até pro espelho
* recebi a visita das minhas duas queridas errrmãs e do meu amor
* passei um dia inteiro comendo Peeps por pura preguiça de cozinhar pra mim mesma
* me decepcionei muito com pessoas em quem eu pensava que podia confiar, mas também fiz amizades que em poucos meses demonstraram um valor enorme
* aprendi a gostar de Beatles e Tom Petty e me apaixonei pelo The Who
* aceitei o fato de que não importa quantas vezes eu vá pra Nova York, eu SEMPRE vou continuar me deslumbrando com a Times Square e com a Brooklyn Bridge como se fosse a primeira vez
* perdi a conta de quantas vezes fui ao parque só pra deitar na sombra e dormir ouvindo meu mp3
* senti muito, muito orgulho do meu inglês
* senti muita, mas muita vergonha do meu inglês
* fui aos shows de duas das minhas bandas favoritas de todo o universo: Pearl Jam e Dave Matthews Band
* fiquei mais retardada por montanhas-russas do que eu já era
* fui numa balada de Ano Novo que não tinha nada a ver com ingressos caros e clubes badalados, mas que fez eu me divertir horrores
* passei a noite de aniversário mais romântica ever no topo do Empire State
* troquei palavras simples como "snack" por "snake", "dessert" por "desert", "honey" por "bunny" e fui extremamente zoada por crianças menores de 10 anos por conta disso
* dirigi em Manhattan em pleno Thanksgiving day
* fiquei mais bêbaba que o Batman, a ponto de não me lembrar no dia seguinte como eu tinha torcido o meu tornozelo
* passei tanto calor que pensei que fosse morrer
* passei tanto frio que pensei que fosse morrer
* me decepcionei com o Halloween, mas compensei tudo no St. Patrick's Day
* dancei no piano gigante da FAO Schwarz e me senti o Tom Hanks
* fui elogiada pelos motivos mais estranhos
* fui num jogo da NBA e fiquei torcendo pro NJ Nets no meio da torcida adversária
* conheci Boston, Niagara Falls, um pedaço do Canadá, Philadelphia, DC e Baltimore (e a West Coast tá logo ali!)
* gastei 20 dólares, por engano, escolhendo músicas numa jukebox
* me surpreendi demais com as pessoas (tanto positiva quanto negativamente)
* pensei em voltar de mala e cuia pra casa diversas vezes
* aprendi a fotografar o mundo com os olhos, pra guardar pra mim mesma aqueles momentos e lugares que são tão especiais a ponto de não merecerem ficar presos numa foto
* decidi que não quero filhos pelos próximos 10 anos (se um dia eu chegar a querer ter filhos)
* paguei pra entrar na praia
* fiz um piquenique no meio da chuva
* exercitei a paciência e a habilidade de engolir sapos (quase que) diariamente. Se continuar assim no Brasil, alguns anos eu alcanço o nível Dalai Lama de serenidade (6)
* não fiz os cursos que queria, mas estabeleci objetivos mais acessíveis e interessantes pros meus estudos num futuro próximo
* fui tratada de empregadinha, mas dei a volta por cima
* descobri que tenho talento para face painting, e faço uns cupcakes de abrir concorrência pra Magnolia Bakery
* acima de tudo isso, me tornei uma pessoa melhor.
E é isso... não importa qual seja o objetivo da au pair quando decide vir pra cá, o que importa é se ela vai fazer seu ano valer a pena. E eu procuro, a cada dia, fazer valer cada momento, mesmo que seja uma hora de revolta ou de raiva -- porque isso também nos faz crescer, não?
E vamo que vamo que ainda tem 22 dias pela frente! E muita coisa ainda pra adicionar à lista... ;-)
Empolgação? Imagina. O tempo lá fora pode estar feio, o quarto pode estar mais bagunçado que fim de feira, mas o sorrisão hoje não sai do rosto. Por quê? Porque hoje, dia 21 de abril, completo 1 ano de Estados Unidos.
Há um ano, eu estava chegando aqui sem saber se ia dar certo, com um frio terrível na barriga, mas com sede de aproveitar tudo o que essa terrinha poderia me oferecer. E como aproveitei... foram (estão sendo) 12 meses de um misto tão intenso de sensações que só vindo pra cá mesmo pra entender. Alegria, nervosismo, tristeza, felicidade, revolta, saudade, tudo se junta de uma maneira tão forte e tão instável que não há como passar imune por essa experiência. Neste ano, eu...
* descobri que sou muito mais forte do que imaginava
* ri tanto até dar cãibra na barriga, inúmeras vezes e pelos mais diversos motivos
* fiquei com a cara inchada de tanto chorar, tanto de tristeza quanto de alegria
* viciei em Starbucks e Panera Bread
* desenvolvi um senso de direção de deixar GPS no chinelo (hahahahah, nem tanto, nem tanto!)
* fui parar na corte por ainda não ter a carteira de motorista de NJ quando fui parada pelo cop (manhê, sou uma fora da lei!)
* filosofei sobre os assuntos mais inusitados, nos lugares mais inusitados e com as pessoas mais inusitadas
* quase mandei a fuça numa árvore depois de o carro ter hidroplanado no meio da rua
* aprendi expressões em inglês que eu tenho vergonha de falar até pro espelho
* recebi a visita das minhas duas queridas errrmãs e do meu amor
* passei um dia inteiro comendo Peeps por pura preguiça de cozinhar pra mim mesma
* me decepcionei muito com pessoas em quem eu pensava que podia confiar, mas também fiz amizades que em poucos meses demonstraram um valor enorme
* aprendi a gostar de Beatles e Tom Petty e me apaixonei pelo The Who
* aceitei o fato de que não importa quantas vezes eu vá pra Nova York, eu SEMPRE vou continuar me deslumbrando com a Times Square e com a Brooklyn Bridge como se fosse a primeira vez
* perdi a conta de quantas vezes fui ao parque só pra deitar na sombra e dormir ouvindo meu mp3
* senti muito, muito orgulho do meu inglês
* senti muita, mas muita vergonha do meu inglês
* fui aos shows de duas das minhas bandas favoritas de todo o universo: Pearl Jam e Dave Matthews Band
* fiquei mais retardada por montanhas-russas do que eu já era
* fui numa balada de Ano Novo que não tinha nada a ver com ingressos caros e clubes badalados, mas que fez eu me divertir horrores
* passei a noite de aniversário mais romântica ever no topo do Empire State
* troquei palavras simples como "snack" por "snake", "dessert" por "desert", "honey" por "bunny" e fui extremamente zoada por crianças menores de 10 anos por conta disso
* dirigi em Manhattan em pleno Thanksgiving day
* fiquei mais bêbaba que o Batman, a ponto de não me lembrar no dia seguinte como eu tinha torcido o meu tornozelo
* passei tanto calor que pensei que fosse morrer
* passei tanto frio que pensei que fosse morrer
* me decepcionei com o Halloween, mas compensei tudo no St. Patrick's Day
* dancei no piano gigante da FAO Schwarz e me senti o Tom Hanks
* fui elogiada pelos motivos mais estranhos
* fui num jogo da NBA e fiquei torcendo pro NJ Nets no meio da torcida adversária
* conheci Boston, Niagara Falls, um pedaço do Canadá, Philadelphia, DC e Baltimore (e a West Coast tá logo ali!)
* gastei 20 dólares, por engano, escolhendo músicas numa jukebox
* me surpreendi demais com as pessoas (tanto positiva quanto negativamente)
* pensei em voltar de mala e cuia pra casa diversas vezes
* aprendi a fotografar o mundo com os olhos, pra guardar pra mim mesma aqueles momentos e lugares que são tão especiais a ponto de não merecerem ficar presos numa foto
* decidi que não quero filhos pelos próximos 10 anos (se um dia eu chegar a querer ter filhos)
* paguei pra entrar na praia
* fiz um piquenique no meio da chuva
* exercitei a paciência e a habilidade de engolir sapos (quase que) diariamente. Se continuar assim no Brasil, alguns anos eu alcanço o nível Dalai Lama de serenidade (6)
* não fiz os cursos que queria, mas estabeleci objetivos mais acessíveis e interessantes pros meus estudos num futuro próximo
* fui tratada de empregadinha, mas dei a volta por cima
* descobri que tenho talento para face painting, e faço uns cupcakes de abrir concorrência pra Magnolia Bakery
* acima de tudo isso, me tornei uma pessoa melhor.
E é isso... não importa qual seja o objetivo da au pair quando decide vir pra cá, o que importa é se ela vai fazer seu ano valer a pena. E eu procuro, a cada dia, fazer valer cada momento, mesmo que seja uma hora de revolta ou de raiva -- porque isso também nos faz crescer, não?
E vamo que vamo que ainda tem 22 dias pela frente! E muita coisa ainda pra adicionar à lista... ;-)
**** Dark clouds may hang on me sometimes, but I'll work it out! ****
segunda-feira, 23 de março de 2009
Quaaase lá
Sabem o jogador que, aos 44 do segundo tempo de jogo, está louco pra mandar a bola pra rede e marcar AQUELE golaço? Então, é exatamente assim que estou me sentindo. 11 meses de gringolândia, maluco, dá pra acreditar? Parece que foi ontem que eu estava me inscrevendo no programa, preenchendo a papelada, me descabelando porque não sabia qual família escolher, arrumando as malas... e agora, puf, daqui a pouco já vai ter acabado. E eu que sempre pensei que um ano pra um programa de intercâmbio fosse muito, mas acreditem: não é. Mesmo!
Mas não posso reclamar, porque durante esse ano eu pude fazer bem mais do que eu tinha planejado. Claro que também vários dos planos mudaram ao longo do caminho, mas a verdade é que só deixa um ano passar em branco quem quiser. Com viagens, amizades, passeios, diversão e aprendizado à disposição, não tem como não aproveitar. Às vezes eu sinto que estou vivendo uma vida paralela aqui, porque, apesar de todos os perrengues, eu me divirto muito mais aqui do que lá no Brasil. Lógico que vou sentir falta de tudo por aqui, mas se tem uma coisa que eu vou levar, com certeza, é a vontade de levantar da cama e sair vivendo, de aproveitar a vida e não ficar vendo ela passar. Isso, claro, entre váááários outros aprendizados que valem muito mais do que um inglês bacana ou um passeio a NYC.
E é por isso que estou tentando fazer cada minuto do meu tempo aqui valer a pena. Estou passeando mais, conhecendo mais pessoas, fortalecendo amizades, descobrindo lugares que até então não tinha conhecido, revisitando aqueles lugares que são queridos... outro dia mesmo, voltando da casa da Amanda à noite, parei o carro na South Mountain Reservation, um parque aqui de South Orange de onde dá pra ver Manhattan. Gente, o que foi ver aquela cidade iluminada, estendida bem na minha frente? Tem coisas que dinheiro nenhum paga, e que nunca mais saem da nossa memória. Esse momento, com certeza, vai ser um deles. ;-)
***********
Reflexões de au pair em fim de ano à parte, é hora de contar sobre o St. Patrick's day. Primeiro, vamos situar quem não é familiar com esse "feriado", que veio para os EUA junto com os imigrantes irlandeses: em miúdos, o St. Patrick's day celebra a memória de St. Patrick (duh!), um religioso bretão que levou o Cristianismo para a Irlanda no século I a.C. Como na Irlanda tudo vira sinônimo de bebedeira, lógico que a comemoração do dia 17 de março virou um dia pra celebrar com os amigos, vestir verde (em referência ao trevo de três folhas) e tomar umas biritas. E como eu sou super fã dos irlandeses nesse sentido, aproveitei pra comemorar o máximo que pude. Primeiro, em Morristown, no dia 14. Vi a parada na rua (que estava legal no começo, mas depois de 30 minutos perdeu a graça) e depois rumei pra um barzinho onde estavam algumas au pairs que tinham feito o treinamento comigo. Foi muito divertido, a galera entra no espírito MESMO, só não aproveitei mais porque tive de trabalhar naquele sábado à noite. Booooo. Mas como não há de ser nada, na terça, dia 17, juntamos a auperaria de Maplewood area e fomos pro Cryan's, um pub irlandês que é parada obrigatória de 11 entre 10 au pairs que moram por aqui. E aí, minha senhora, o negócio desandou mesmo: banda irlandesa tocando Irish drinking songs (que eu adoro), cerveja boa a preços super convidativos... como diz a Paula, o Batman era fichinha perto da gente! hahaha. Fotos pra ilustrar:
**********
Mico da semana: consegui torcer o meu tornozelo de uma maneira ridícula e MUITO dolorida no sábado e passei o domingo com o pé pra cima e alternando gelo e água quente. É, coisa de tiazinha, eu sei. A sorte foi que descolei uma boa companhia pra assistir filme e falar besteira enquanto eu ficava descansando o pé, o que distraiu um pouco o foco na dor. Vai ser mais ou menos uns 3 dias de Mariana andando na modalidade ponto-e-vírgula, mas aí eu pergunto: who cares? Antes passar a semana zoada do que o fim de semana. Rá!
**********
Novidade da semana: a primavera chegou!! Já não era sem tempo! :-)
Mas não posso reclamar, porque durante esse ano eu pude fazer bem mais do que eu tinha planejado. Claro que também vários dos planos mudaram ao longo do caminho, mas a verdade é que só deixa um ano passar em branco quem quiser. Com viagens, amizades, passeios, diversão e aprendizado à disposição, não tem como não aproveitar. Às vezes eu sinto que estou vivendo uma vida paralela aqui, porque, apesar de todos os perrengues, eu me divirto muito mais aqui do que lá no Brasil. Lógico que vou sentir falta de tudo por aqui, mas se tem uma coisa que eu vou levar, com certeza, é a vontade de levantar da cama e sair vivendo, de aproveitar a vida e não ficar vendo ela passar. Isso, claro, entre váááários outros aprendizados que valem muito mais do que um inglês bacana ou um passeio a NYC.
E é por isso que estou tentando fazer cada minuto do meu tempo aqui valer a pena. Estou passeando mais, conhecendo mais pessoas, fortalecendo amizades, descobrindo lugares que até então não tinha conhecido, revisitando aqueles lugares que são queridos... outro dia mesmo, voltando da casa da Amanda à noite, parei o carro na South Mountain Reservation, um parque aqui de South Orange de onde dá pra ver Manhattan. Gente, o que foi ver aquela cidade iluminada, estendida bem na minha frente? Tem coisas que dinheiro nenhum paga, e que nunca mais saem da nossa memória. Esse momento, com certeza, vai ser um deles. ;-)
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Reflexões de au pair em fim de ano à parte, é hora de contar sobre o St. Patrick's day. Primeiro, vamos situar quem não é familiar com esse "feriado", que veio para os EUA junto com os imigrantes irlandeses: em miúdos, o St. Patrick's day celebra a memória de St. Patrick (duh!), um religioso bretão que levou o Cristianismo para a Irlanda no século I a.C. Como na Irlanda tudo vira sinônimo de bebedeira, lógico que a comemoração do dia 17 de março virou um dia pra celebrar com os amigos, vestir verde (em referência ao trevo de três folhas) e tomar umas biritas. E como eu sou super fã dos irlandeses nesse sentido, aproveitei pra comemorar o máximo que pude. Primeiro, em Morristown, no dia 14. Vi a parada na rua (que estava legal no começo, mas depois de 30 minutos perdeu a graça) e depois rumei pra um barzinho onde estavam algumas au pairs que tinham feito o treinamento comigo. Foi muito divertido, a galera entra no espírito MESMO, só não aproveitei mais porque tive de trabalhar naquele sábado à noite. Booooo. Mas como não há de ser nada, na terça, dia 17, juntamos a auperaria de Maplewood area e fomos pro Cryan's, um pub irlandês que é parada obrigatória de 11 entre 10 au pairs que moram por aqui. E aí, minha senhora, o negócio desandou mesmo: banda irlandesa tocando Irish drinking songs (que eu adoro), cerveja boa a preços super convidativos... como diz a Paula, o Batman era fichinha perto da gente! hahaha. Fotos pra ilustrar:
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Mico da semana: consegui torcer o meu tornozelo de uma maneira ridícula e MUITO dolorida no sábado e passei o domingo com o pé pra cima e alternando gelo e água quente. É, coisa de tiazinha, eu sei. A sorte foi que descolei uma boa companhia pra assistir filme e falar besteira enquanto eu ficava descansando o pé, o que distraiu um pouco o foco na dor. Vai ser mais ou menos uns 3 dias de Mariana andando na modalidade ponto-e-vírgula, mas aí eu pergunto: who cares? Antes passar a semana zoada do que o fim de semana. Rá!
**********
Novidade da semana: a primavera chegou!! Já não era sem tempo! :-)
terça-feira, 17 de março de 2009
Tudo e mais um pouco
E aí, minha gente? Ainda tem alguém aí? Hehehe.
Primeiramente, me deixem agradecer os comentários que de vez em quando aparecem aqui no blog. É muito legal ver meninas como a Tha, que disse que os meus posts são inspiração pra ela vir pra cá como au pair... Ainda que a nossa situação não seja as mil maravilhas durante todo o tempo (nossa, não mesmo!), digo mais uma vez que vale muuuuito a pena. Claro, a culpa dessa empolgação toda é a proximidade do meu décimo primeiro mês, a chegada da primavera, as saídas constantes, as boas companhias, o inglês que está cada vez melhor... comparando isso com o que não está tão bem, acho que o balanço tá bem mais positivo do que negativo!
Pois bem. Fiquei de falar sobre a minha passagem por Maryland em fevereiro, pra visitar minha dudete Dreza. Aproveitei que ela trabalharia numa sexta-feira e passei o dia em Baltimore, que fica relativamente perto de onde ela mora. A impressão que ficou de Baltimore foi muito boa, até porque passei apenas uma tarde na parte mais bacana da cidade: o Inner Harbor. É lá que ficam o National Aquarium (um dos maiores aquários do país, e que vale MUITO a visita), o Hard Rock Cafe, o barco-museu Constellation, uma porção de barzinhos bacanas (não deixe de provar o crab cake ou o crab cream quando passar por lá!) e... só. É, não tem muito o que fazer por lá, mas já que a cidade estava no caminho e o dia estava pra lá de lindo, a visita valeu bastante a pena. Fotos pra ilustrar:
Na mesma noite peguei um trem pra DC e encontrei a dude em Bethesda, sua nova cidade. Aí o fim de semana foi tudo o que se espera de um reencontro entre boas amigas: fofoca, risadas, muita conversa jogada fora, potes de sorvete devorados a uma velocidade incrível e bateção de perna. Andamos até cansar em DC, nos emocionamos com a imagem do Washington Memorial ao pôr-do-sol e tiramos fotos ninja jiraya no Capitólio (rááá!). O domingo foi dia de quitutes brasileiros, mais bateção de perna e despedida. Ô, que falta que faz essa dude aqui, viu? Snif!! Ok, agora chega de ser emo e vamos às fotos:
Bom, o que rola por aqui no momento é uma mistura muito engraçada de sensações. Vontade de voltar pra casa e abraçar de novo tudo o que é meu, ansiosidade, insegurança pelo que virá depois, vontade de aproveitar o que esses últimos meses me reservam aqui nos EUA... Quando disserem no treinamento que a vida emocional de uma au pair é uma montanha-russa constante, acreditem, pois é verdade!
Agora, com licença que hoje é St. Patrick's Day e a festança (que começou no sábado em Morristown) está longe de acabar. Cerveja, música irlandesa e farra? Alguém me chamou aí? :-D
Primeiramente, me deixem agradecer os comentários que de vez em quando aparecem aqui no blog. É muito legal ver meninas como a Tha, que disse que os meus posts são inspiração pra ela vir pra cá como au pair... Ainda que a nossa situação não seja as mil maravilhas durante todo o tempo (nossa, não mesmo!), digo mais uma vez que vale muuuuito a pena. Claro, a culpa dessa empolgação toda é a proximidade do meu décimo primeiro mês, a chegada da primavera, as saídas constantes, as boas companhias, o inglês que está cada vez melhor... comparando isso com o que não está tão bem, acho que o balanço tá bem mais positivo do que negativo!
Pois bem. Fiquei de falar sobre a minha passagem por Maryland em fevereiro, pra visitar minha dudete Dreza. Aproveitei que ela trabalharia numa sexta-feira e passei o dia em Baltimore, que fica relativamente perto de onde ela mora. A impressão que ficou de Baltimore foi muito boa, até porque passei apenas uma tarde na parte mais bacana da cidade: o Inner Harbor. É lá que ficam o National Aquarium (um dos maiores aquários do país, e que vale MUITO a visita), o Hard Rock Cafe, o barco-museu Constellation, uma porção de barzinhos bacanas (não deixe de provar o crab cake ou o crab cream quando passar por lá!) e... só. É, não tem muito o que fazer por lá, mas já que a cidade estava no caminho e o dia estava pra lá de lindo, a visita valeu bastante a pena. Fotos pra ilustrar:
Na mesma noite peguei um trem pra DC e encontrei a dude em Bethesda, sua nova cidade. Aí o fim de semana foi tudo o que se espera de um reencontro entre boas amigas: fofoca, risadas, muita conversa jogada fora, potes de sorvete devorados a uma velocidade incrível e bateção de perna. Andamos até cansar em DC, nos emocionamos com a imagem do Washington Memorial ao pôr-do-sol e tiramos fotos ninja jiraya no Capitólio (rááá!). O domingo foi dia de quitutes brasileiros, mais bateção de perna e despedida. Ô, que falta que faz essa dude aqui, viu? Snif!! Ok, agora chega de ser emo e vamos às fotos:
Bom, o que rola por aqui no momento é uma mistura muito engraçada de sensações. Vontade de voltar pra casa e abraçar de novo tudo o que é meu, ansiosidade, insegurança pelo que virá depois, vontade de aproveitar o que esses últimos meses me reservam aqui nos EUA... Quando disserem no treinamento que a vida emocional de uma au pair é uma montanha-russa constante, acreditem, pois é verdade!
Agora, com licença que hoje é St. Patrick's Day e a festança (que começou no sábado em Morristown) está longe de acabar. Cerveja, música irlandesa e farra? Alguém me chamou aí? :-D
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Reflections of a spotless mind
E aí, gente? Tudo bem por aí? Por aqui a vida vai bem, muito melhor do que eu imaginava que seria ao alcançar os meus 10 meses de USA. 10 meses, cambada, dá pra acreditar? Por isso eu acho que chegou a hora de refletir: prós e contras, vantagens e desvantagens... Claro que eu já tinha pensado nisso tudo há vários meses, principalmente quando eu tive de decidir entre extender ou voltar pro meu aconchego. Mas é que de uns tempos pra cá a sensação de proximidade com a volta se mistura com a vontade de aproveitar tudo ao mesmo tempo. Você, au pair novata e juvenil, vai entender o que eu estou dizendo daqui a um tempo. ;-)
Eu estava dando uma olhada nas minhas pastas de fotos e começou a rolar um momento nostalgia. E aí eu confirmei o que eu já tinha comentado com as meninas há algum tempo: em 1 ano, nós vivemos aqui coisas que não fazemos em 5 anos no Brasil. Porque por mais que a gente passe perrengue com host family, ou com as kids, ou com a grana curta, ou com o bode de homesickness que bate em todo mundo (quem nunca sentiu saudades absurdas de casa durante algum ponto do caminho que atire a primeira pedra), não dá pra passar 1 ano de bico e contando os dias pra voltar pra casa. E é daí que vem a sensação de férias permanentes, de querer aproveitar tudo e fazer 10873 coisas em um só fim de semana. Lógico, porque au pair que é au pair conta quantos dias faltam pra sexta, pra poder passear, passar tempo com as amigas, sair pra balada ou pra tomar umas, encarar um ônibus dos chinas e fazer trips-relâmpago. Enfim, pra ir pro País das Maravilhas e rezar pra segunda não chegar tão logo!
Nestes 10 meses que eu passei aqui, fiz muita, mas muita coisa. Dei risada até cair no chão, chorei até ficar com a cara megainchada, me emocionei, esbravejei, vi coisas e lugares que nunca tinha imaginado, melhorei muito o meu inglês, conheci pessoas de países que eu nem lembrava que existiam, construí amizades sinceras... E isso, minha gente, é o que faz TUDO valer a pena. É chato morar no seu ambiente de trabalho e não ter 100% de liberdade? Claro que é. É um porre ter de agüentar birras e manhas de gente que não passa de 1 metro de altura? Ô. É verdade que às vezes a saudade bate tão, mas tão forte, que chega a doer no peito? Lógico.
Mas se alguém me perguntar se vale a pena passar por tudo isso, eu só tenho uma resposta: SIM. Só o crescimento pessoal que eu estou percebendo em mim mesma e nas amigas que conheci aqui já é prova disso! E só isso já é motivo suficiente pra recomendar o programa pra quem quer que seja -- desde que a pessoa tenha vontade de dar a cara pra bater e jogo de cintura, claro. Isso eles não dizem na agência, mas essas são qualidades fundamentais pra quem quiser ser au pair! Fica a dica. ;-)
Bom, depois dessa reflexão toda, o post sobre o último fim de semana vai ficar pra próxima. Volto em breve (prometo!) pra contar como foi o fds em Maryland com a dude Dre. É nóis, Queirox!
Beijocas,
Mari.
Eu estava dando uma olhada nas minhas pastas de fotos e começou a rolar um momento nostalgia. E aí eu confirmei o que eu já tinha comentado com as meninas há algum tempo: em 1 ano, nós vivemos aqui coisas que não fazemos em 5 anos no Brasil. Porque por mais que a gente passe perrengue com host family, ou com as kids, ou com a grana curta, ou com o bode de homesickness que bate em todo mundo (quem nunca sentiu saudades absurdas de casa durante algum ponto do caminho que atire a primeira pedra), não dá pra passar 1 ano de bico e contando os dias pra voltar pra casa. E é daí que vem a sensação de férias permanentes, de querer aproveitar tudo e fazer 10873 coisas em um só fim de semana. Lógico, porque au pair que é au pair conta quantos dias faltam pra sexta, pra poder passear, passar tempo com as amigas, sair pra balada ou pra tomar umas, encarar um ônibus dos chinas e fazer trips-relâmpago. Enfim, pra ir pro País das Maravilhas e rezar pra segunda não chegar tão logo!
Nestes 10 meses que eu passei aqui, fiz muita, mas muita coisa. Dei risada até cair no chão, chorei até ficar com a cara megainchada, me emocionei, esbravejei, vi coisas e lugares que nunca tinha imaginado, melhorei muito o meu inglês, conheci pessoas de países que eu nem lembrava que existiam, construí amizades sinceras... E isso, minha gente, é o que faz TUDO valer a pena. É chato morar no seu ambiente de trabalho e não ter 100% de liberdade? Claro que é. É um porre ter de agüentar birras e manhas de gente que não passa de 1 metro de altura? Ô. É verdade que às vezes a saudade bate tão, mas tão forte, que chega a doer no peito? Lógico.
Mas se alguém me perguntar se vale a pena passar por tudo isso, eu só tenho uma resposta: SIM. Só o crescimento pessoal que eu estou percebendo em mim mesma e nas amigas que conheci aqui já é prova disso! E só isso já é motivo suficiente pra recomendar o programa pra quem quer que seja -- desde que a pessoa tenha vontade de dar a cara pra bater e jogo de cintura, claro. Isso eles não dizem na agência, mas essas são qualidades fundamentais pra quem quiser ser au pair! Fica a dica. ;-)
Bom, depois dessa reflexão toda, o post sobre o último fim de semana vai ficar pra próxima. Volto em breve (prometo!) pra contar como foi o fds em Maryland com a dude Dre. É nóis, Queirox!
Beijocas,
Mari.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Here comes the sun, tchurururu
Receita para melhorar o humor:
* Dias seguidos de sol e um calorzinho gostoso depois de meses de um frio congelante
* Receber um cartãozinho de Valentines Day de uma pessoa pra lá de querida
* Um passeio pela Brooklyn Bridge num dia de sol
* Estar rodeada de pessoas bacanas
* Receber uma boa massagem no ego
* Um fim de semana com muito chocolate, sorvete, bebidinhas e sobremesas gordas
* Planejar a tão desejada viagem de fim de ano
Agora ninguém me tira o sorrisão do rosto. E tenho dito!
* Dias seguidos de sol e um calorzinho gostoso depois de meses de um frio congelante
* Receber um cartãozinho de Valentines Day de uma pessoa pra lá de querida
* Um passeio pela Brooklyn Bridge num dia de sol
* Estar rodeada de pessoas bacanas
* Receber uma boa massagem no ego
* Um fim de semana com muito chocolate, sorvete, bebidinhas e sobremesas gordas
* Planejar a tão desejada viagem de fim de ano
Agora ninguém me tira o sorrisão do rosto. E tenho dito!
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Sou só eu, ou mais alguém aí...
... já torrou todo o salário da semana em comida?
... acha o Chris Daughtry suuuuper pegável?
... troca palavras simples como "snack" por "snake" e faz a alegria da garotada com os micos de inglês?
... acha demonstrações exageradas de patriotismo simplesmente o fim?
... mesmo detestando o inverno, trocaria uma trip para a ensolarada e badalada Miami por uma aventura gelada no Alaska?
... já foi pra corte e se sentiu num episódio daqueles 10983 juízes que passam na TV à tarde?
Sou só eu? Então tá, então.
... acha o Chris Daughtry suuuuper pegável?
... troca palavras simples como "snack" por "snake" e faz a alegria da garotada com os micos de inglês?
... acha demonstrações exageradas de patriotismo simplesmente o fim?
... mesmo detestando o inverno, trocaria uma trip para a ensolarada e badalada Miami por uma aventura gelada no Alaska?
... já foi pra corte e se sentiu num episódio daqueles 10983 juízes que passam na TV à tarde?
Sou só eu? Então tá, então.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
The end of school issues
E aí, geral, beleza? Tudo certo por aqui. O fim de semana foi surpreendentemente bem melhor do que eu imaginava, com direito a vexame na pista de dança e no karaokê e dia de princesa na faixa (heheheh, adoro).
Mas hoje eu queria falar sobre um assunto que eu deixei de molho porque demorou demais pra ser resolvido. Demorou mas FOI resolvido, e é isso que importa! Estou falando dos estudos aqui nos Estados Unidos, o que pra mim se revelou uma verdadeira novela. Senta que lá vem história...
Na verdade, eu vim pra cá decidida a fazer um curso da New York University voltado pro mercado editorial, ou seja, top do top na minha área. Teria que desembolsar uma grana, mas o curso valia uma boa parte dos créditos da APIA e eu já estava com tudo mais ou menos esquematizado. Quando eu cheguei aqui as matrículas pro verão já estavam trancadas, então beleza: deixei o projeto na gaveta e me matriculei pra um curso de literatura na Drew University, que fica aqui perto de casa. Isso foi em junho, e uma semana antes de começarem as aulas eu descobri que o curso da Drew tinha sido cancelado. Acontece que eu estava de férias em Boston, na época, e quando voltei acabei perdendo o prazo pra me rematricular - não só naquela universidade, mas em todas as outras aqui por perto. "Tudo bem", pensei, "vou deixar pra fazer o curso da NYU no outono". Pesquisei questão de preços, cronograma, mas o problema esbarrou no horário. O curso seria à noite, a partir das 7pm, e eu teria que sair daqui de NJ uma hora antes pra poder chegar em NY a tempo. Como eu trabalho até as 8:30pm, fui conversar com a minha host pra negociar se eu poderia sair mais cedo, já que o curso seria só às segundas durante 3 meses. Mas não teve conversa: ela disse que não daria, já que ela tinha escolhido uma au pair justamente por causa do horário de trabalho, blá, blá, blá... fiquei MUITO chateada, afinal, quando eu cheguei ela disse que me apoiaria em tudo o que tivesse a ver com os meus estudos, mas no fim das contas a coisa mudou de figura e eu tive que abaixar as orelhas porque, pelo menos pra eles, eu estou aqui pra cuidar das crianças. Enfim.
Em setembro, me registrei num curso de World Literature aqui no Essex County College, em Newark. O legal foi que, depois de freqüentar 2 semanas de aulas (que eu estava detestando), quando fui pagar o curso me avisaram que a minha matrícula como ouvinte não era válida e que eu deveria me matricular como aluna regular, já que o prazo pra ouvintes tinha passado. Excuse me? Tá escrito "otária" aqui na minha testa? Rodei a baiana legal mas não adiantou lhufas, e como eu já não estava gostando do curso mesmo resolvi sair fora. Aí eu me vi no meu sexto mês sem ter estudado porcaria nenhuma aqui: só um curso de ESL aqui ou ali, mas nada que passasse perto do que eu realmente queria fazer. Eu estava muito, mas MUITO frustrada, já que um dos meus maiores objetivos aqui era estudar alguma coisa na minha área, e eu já estava me vendo em um daqueles cursos de cerâmica ou dança de rua que as minas européias fazem, hehehe. Mas como felizmente eu tenho uma counselor muito da bacana, consegui com a ajuda dela encontrar um curso que não era nem de longe o que eu queria, mas que me ajudou a completar parte dos créditos e a ocupar meu tempo: fiz Francês no Union County College. Aprendi um bocadinho, mas mesmo assim eu ainda estava bem chateada.
Pra completar a história, acabei me matriculando agora em janeiro num curso de Advanced ESL no Union County College, e em Literary Analysis na Drew University. É o que eu quero? Não, nem ferrando. Mas como eu estava conversando com as meninas há algum tempo, as opções aqui em NJ não são lá tão amplas pras au pairs que não estão a fim de estudar ESL. No meu caso o que ferrou tudo ainda mais foi o schedule, porque como a maioria dos cursos de Continuing Education (que valem pras au pairs que não querem fazer ESL) é à noite, eu só descobri aqui que não iria rolar de fazer. Claro que eu poderia ter pesquisado um pouco mais antes de vir, claro que eu poderia ter escolhido uma família com um schedule que me permitisse estudar à noite, claro que eu poderia ter tido um pouco mais de sorte, claro que se, se, se... mas se a minha mãe fosse virgem eu não teria nascido, então let's move on.
Aí a situação atual é a seguinte: estou até que gostando do curso de ESL, que pelo jeito vai me ajudar bastante com o writing, e as aulas de Literary Analysis que eu assisti até agora foram ótimas. Acho que eu devo ser a mais velha na sala, mas é bem legal analisar e viajar nos textos, do jeito que eu fazia na faculdade. But in English, now ;-) Ah, e sem contar que o maior aprendizado que eu estou tendo aqui não tem a ver com universidade ou curso formal: a melhora que eu tive no meu inglês só conversando com a geral e com as minhas kids foi muito maior do que nos 5 anos que eu passei com a minha bunda sentada nas escolas de inglês no Brasil.
E quanto ao curso de verão da New York University? Digamos que ele faz parte de um certificado de editoração que é a menina dos meus olhos, e que eu posso muito bem juntar uma grana pra voltar daqui a alguns anos pra cá e estudar nele. Ah, e sem me preocupar com horários e sem depender da boa vontade de ninguém além de mim. It sounds much better, doesn't it? :-D
Moral da história: meninas, se vocês têm como meta fazer um curso específico, pesquisem muito, conversem com a host family antes do match sobre os horários de estudo e fiquem de olho nos horários de cursos nos colleges perto das cidades pra onde você possivelmente vá. Fica a dica!!
Beijomeliga,
Mari.
Mas hoje eu queria falar sobre um assunto que eu deixei de molho porque demorou demais pra ser resolvido. Demorou mas FOI resolvido, e é isso que importa! Estou falando dos estudos aqui nos Estados Unidos, o que pra mim se revelou uma verdadeira novela. Senta que lá vem história...
Na verdade, eu vim pra cá decidida a fazer um curso da New York University voltado pro mercado editorial, ou seja, top do top na minha área. Teria que desembolsar uma grana, mas o curso valia uma boa parte dos créditos da APIA e eu já estava com tudo mais ou menos esquematizado. Quando eu cheguei aqui as matrículas pro verão já estavam trancadas, então beleza: deixei o projeto na gaveta e me matriculei pra um curso de literatura na Drew University, que fica aqui perto de casa. Isso foi em junho, e uma semana antes de começarem as aulas eu descobri que o curso da Drew tinha sido cancelado. Acontece que eu estava de férias em Boston, na época, e quando voltei acabei perdendo o prazo pra me rematricular - não só naquela universidade, mas em todas as outras aqui por perto. "Tudo bem", pensei, "vou deixar pra fazer o curso da NYU no outono". Pesquisei questão de preços, cronograma, mas o problema esbarrou no horário. O curso seria à noite, a partir das 7pm, e eu teria que sair daqui de NJ uma hora antes pra poder chegar em NY a tempo. Como eu trabalho até as 8:30pm, fui conversar com a minha host pra negociar se eu poderia sair mais cedo, já que o curso seria só às segundas durante 3 meses. Mas não teve conversa: ela disse que não daria, já que ela tinha escolhido uma au pair justamente por causa do horário de trabalho, blá, blá, blá... fiquei MUITO chateada, afinal, quando eu cheguei ela disse que me apoiaria em tudo o que tivesse a ver com os meus estudos, mas no fim das contas a coisa mudou de figura e eu tive que abaixar as orelhas porque, pelo menos pra eles, eu estou aqui pra cuidar das crianças. Enfim.
Em setembro, me registrei num curso de World Literature aqui no Essex County College, em Newark. O legal foi que, depois de freqüentar 2 semanas de aulas (que eu estava detestando), quando fui pagar o curso me avisaram que a minha matrícula como ouvinte não era válida e que eu deveria me matricular como aluna regular, já que o prazo pra ouvintes tinha passado. Excuse me? Tá escrito "otária" aqui na minha testa? Rodei a baiana legal mas não adiantou lhufas, e como eu já não estava gostando do curso mesmo resolvi sair fora. Aí eu me vi no meu sexto mês sem ter estudado porcaria nenhuma aqui: só um curso de ESL aqui ou ali, mas nada que passasse perto do que eu realmente queria fazer. Eu estava muito, mas MUITO frustrada, já que um dos meus maiores objetivos aqui era estudar alguma coisa na minha área, e eu já estava me vendo em um daqueles cursos de cerâmica ou dança de rua que as minas européias fazem, hehehe. Mas como felizmente eu tenho uma counselor muito da bacana, consegui com a ajuda dela encontrar um curso que não era nem de longe o que eu queria, mas que me ajudou a completar parte dos créditos e a ocupar meu tempo: fiz Francês no Union County College. Aprendi um bocadinho, mas mesmo assim eu ainda estava bem chateada.
Pra completar a história, acabei me matriculando agora em janeiro num curso de Advanced ESL no Union County College, e em Literary Analysis na Drew University. É o que eu quero? Não, nem ferrando. Mas como eu estava conversando com as meninas há algum tempo, as opções aqui em NJ não são lá tão amplas pras au pairs que não estão a fim de estudar ESL. No meu caso o que ferrou tudo ainda mais foi o schedule, porque como a maioria dos cursos de Continuing Education (que valem pras au pairs que não querem fazer ESL) é à noite, eu só descobri aqui que não iria rolar de fazer. Claro que eu poderia ter pesquisado um pouco mais antes de vir, claro que eu poderia ter escolhido uma família com um schedule que me permitisse estudar à noite, claro que eu poderia ter tido um pouco mais de sorte, claro que se, se, se... mas se a minha mãe fosse virgem eu não teria nascido, então let's move on.
Aí a situação atual é a seguinte: estou até que gostando do curso de ESL, que pelo jeito vai me ajudar bastante com o writing, e as aulas de Literary Analysis que eu assisti até agora foram ótimas. Acho que eu devo ser a mais velha na sala, mas é bem legal analisar e viajar nos textos, do jeito que eu fazia na faculdade. But in English, now ;-) Ah, e sem contar que o maior aprendizado que eu estou tendo aqui não tem a ver com universidade ou curso formal: a melhora que eu tive no meu inglês só conversando com a geral e com as minhas kids foi muito maior do que nos 5 anos que eu passei com a minha bunda sentada nas escolas de inglês no Brasil.
E quanto ao curso de verão da New York University? Digamos que ele faz parte de um certificado de editoração que é a menina dos meus olhos, e que eu posso muito bem juntar uma grana pra voltar daqui a alguns anos pra cá e estudar nele. Ah, e sem me preocupar com horários e sem depender da boa vontade de ninguém além de mim. It sounds much better, doesn't it? :-D
Moral da história: meninas, se vocês têm como meta fazer um curso específico, pesquisem muito, conversem com a host family antes do match sobre os horários de estudo e fiquem de olho nos horários de cursos nos colleges perto das cidades pra onde você possivelmente vá. Fica a dica!!
Beijomeliga,
Mari.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Under the table and dreaming
Sim, hoje é feriado (19 de janeiro), mas eu estou no lerê lerê. Como as kids ainda estão dormindo, vou aproveitar pra fazer um post rapidinho.
O fim de semana foi um dos mais tediosos dos últimos meses, então não vou falar muito sobre ele. Comecei a aula de ESL avançado no sábado (no Union County College). Achei beeem melhor do que tinha pensado inicialmente, o professor parece ser ótimo e gostei bastante do fato de que as aulas vão ser pautadas em writing e análise gramatical, dois dos aspectos que mais preciso melhorar. O primeiro writing assigment é "Who is the most important person in your life?" Hum, difícil essa... :-)
Aí passei o sábado inteiro morgando, já que a neve tomou conta geral de Maplewood area, e ontem fui ao cinema assistir "The Curious Case of Benjamin Button". Lindo, lindo, lindo. Assistam!
E assim foi o fim de semana: só saí pra ir ao curso, no sábado, e ao cinema, ontem. U-hu! Mas tudo bem, já que eu estou contando moedinhas pra pagar o meu vôo de volta pro Brasil e as passagens pra minha tão sonhada viagem de 13o mês. Ah, e no meio de tudo isso inventei de ir no show da Dave Matthews Band, que eu amo - os tickets já estão em mãos pro dia 14 de abril! :-) Ou seja: os próximos meses serão de economia total se eu quiser comprar o que ainda quero e preciso, e se quiser ter uma estadia decente na minha trip. Nessas horas é até bom não ser Miss Popularity: ninguém me liga pra fazer nada, logo, não passo vontade de sair. Logo, não gasto dinheiro. Otimismo é tudo nessa vida, né não, gente?
Aí eu lembrei que amanhã completo 9 meses aqui na gringa. Cara, 9 meses! Sem medo de a piadinha ser ruim, posso afirmar que essa temporada aqui está bem parecida com um parto: difícil, mas com resultados pra lá de positivos! Eu estava pensando, outro dia, que se eu tivesse de voltar pra casa agora, já poderia considerar que estou no lucro. Não, não fiz os cursos que queria e os que vou fazer agora não passam nem perto, mas eu deixei de ficar mal com esse assunto de escola e desencanei. Mas fiz uma auto-avaliação e uma retrospectiva, e constatei que, nesses 9 meses:
- melhorei MUITO o meu inglês, e não tenho modéstia nenhuma em afirmar que vou voltar pro Brasil arrebentando.
- viajei até mais do que tinha previsto, mas ainda falta completar a minha viagem acessível dos sonhos (sim, porque o mochilão pela Europa e a trip pra Índia ainda não são acessíveis).
- aprendi a andar em New York City a ponto de não precisar mais de mapa pras partes centrais da cidade.
- descobri que sou muito mais paciente do que imaginava, e que aprender a engolir sapo é uma habilidade fundamental para quem quiser ser au pair. Pra uma pessoa acostumada a não levar desaforo pra casa, como eu, foi preciso uma dose extra de paciência e auto controle pra não mandar certas pessoas à pqp, quando deu vontade.
- vi que até as coisas mais triviais fazem uma falta danada quando você está longe de tudo e de todos. Isso inclui as coxinhas de frango da feira de sábado, a musiquinha do caminhão da Shell gás e o cheiro da comida da avó do Edu nos almoços de domingo.
- percebi que nem todas as pessoas que você conhece são definitivas na sua vida: pouquíssimas amizades duram o ano todo (e provavelmente vão permanecer mesmo depois da volta ao BR), outras se alongam apenas por alguns meses, e outras aparecem apenas nos fins de semana. Outra coisa muito importante: é legal ter com quem farrear, mas também é essencial ter uma ou duas pessoas pra quem você possa ligar quando estiver à beira de cometer suicídio ou só quiser falar besteira.
- arranjei hospedagem em várias partes do mundo, via au pairs gringas (beginners, peguem essa: fazer amizade com as gringas, além de ajudar demais na prática do inglês, ainda pode garantir hospedagem quando você quiser mochilar por aí. Fica a dica!).
Se eu ficar viajando, a lista tende a ficar interminável. Mas, numa olhada rápida no que passou, já consegui identificar vários pontos que fizeram e estão fazendo este ano valer MUITO a pena, apesar de todas as chateações com a HF, da homesickness... Sem dúvida, este é um ano que está fazendo a diferença não só no aspecto do inglês, das viagens ou das festas, mas também está me tornando uma pessoa infinitamente melhor do que a Mariana que chegou aqui em abril de 2008. E isso é priceless!!
Bom, é isso, pessoas! Ótima semana pra todos! :-)
Beijomeliga!
O fim de semana foi um dos mais tediosos dos últimos meses, então não vou falar muito sobre ele. Comecei a aula de ESL avançado no sábado (no Union County College). Achei beeem melhor do que tinha pensado inicialmente, o professor parece ser ótimo e gostei bastante do fato de que as aulas vão ser pautadas em writing e análise gramatical, dois dos aspectos que mais preciso melhorar. O primeiro writing assigment é "Who is the most important person in your life?" Hum, difícil essa... :-)
Aí passei o sábado inteiro morgando, já que a neve tomou conta geral de Maplewood area, e ontem fui ao cinema assistir "The Curious Case of Benjamin Button". Lindo, lindo, lindo. Assistam!
E assim foi o fim de semana: só saí pra ir ao curso, no sábado, e ao cinema, ontem. U-hu! Mas tudo bem, já que eu estou contando moedinhas pra pagar o meu vôo de volta pro Brasil e as passagens pra minha tão sonhada viagem de 13o mês. Ah, e no meio de tudo isso inventei de ir no show da Dave Matthews Band, que eu amo - os tickets já estão em mãos pro dia 14 de abril! :-) Ou seja: os próximos meses serão de economia total se eu quiser comprar o que ainda quero e preciso, e se quiser ter uma estadia decente na minha trip. Nessas horas é até bom não ser Miss Popularity: ninguém me liga pra fazer nada, logo, não passo vontade de sair. Logo, não gasto dinheiro. Otimismo é tudo nessa vida, né não, gente?
Aí eu lembrei que amanhã completo 9 meses aqui na gringa. Cara, 9 meses! Sem medo de a piadinha ser ruim, posso afirmar que essa temporada aqui está bem parecida com um parto: difícil, mas com resultados pra lá de positivos! Eu estava pensando, outro dia, que se eu tivesse de voltar pra casa agora, já poderia considerar que estou no lucro. Não, não fiz os cursos que queria e os que vou fazer agora não passam nem perto, mas eu deixei de ficar mal com esse assunto de escola e desencanei. Mas fiz uma auto-avaliação e uma retrospectiva, e constatei que, nesses 9 meses:
- melhorei MUITO o meu inglês, e não tenho modéstia nenhuma em afirmar que vou voltar pro Brasil arrebentando.
- viajei até mais do que tinha previsto, mas ainda falta completar a minha viagem acessível dos sonhos (sim, porque o mochilão pela Europa e a trip pra Índia ainda não são acessíveis).
- aprendi a andar em New York City a ponto de não precisar mais de mapa pras partes centrais da cidade.
- descobri que sou muito mais paciente do que imaginava, e que aprender a engolir sapo é uma habilidade fundamental para quem quiser ser au pair. Pra uma pessoa acostumada a não levar desaforo pra casa, como eu, foi preciso uma dose extra de paciência e auto controle pra não mandar certas pessoas à pqp, quando deu vontade.
- vi que até as coisas mais triviais fazem uma falta danada quando você está longe de tudo e de todos. Isso inclui as coxinhas de frango da feira de sábado, a musiquinha do caminhão da Shell gás e o cheiro da comida da avó do Edu nos almoços de domingo.
- percebi que nem todas as pessoas que você conhece são definitivas na sua vida: pouquíssimas amizades duram o ano todo (e provavelmente vão permanecer mesmo depois da volta ao BR), outras se alongam apenas por alguns meses, e outras aparecem apenas nos fins de semana. Outra coisa muito importante: é legal ter com quem farrear, mas também é essencial ter uma ou duas pessoas pra quem você possa ligar quando estiver à beira de cometer suicídio ou só quiser falar besteira.
- arranjei hospedagem em várias partes do mundo, via au pairs gringas (beginners, peguem essa: fazer amizade com as gringas, além de ajudar demais na prática do inglês, ainda pode garantir hospedagem quando você quiser mochilar por aí. Fica a dica!).
Se eu ficar viajando, a lista tende a ficar interminável. Mas, numa olhada rápida no que passou, já consegui identificar vários pontos que fizeram e estão fazendo este ano valer MUITO a pena, apesar de todas as chateações com a HF, da homesickness... Sem dúvida, este é um ano que está fazendo a diferença não só no aspecto do inglês, das viagens ou das festas, mas também está me tornando uma pessoa infinitamente melhor do que a Mariana que chegou aqui em abril de 2008. E isso é priceless!!
Bom, é isso, pessoas! Ótima semana pra todos! :-)
Beijomeliga!
domingo, 11 de janeiro de 2009
Depois de um longo e tenebroso inverno...
*ALERTA: POST GIGANTE! Se não estiver a fim de ler tudo de uma só vez, aprecie com moderação e em doses homeopáticas.*
Primeiramente, senhoras e senhores, feliz 2009 pra geral! Muito sucesso, saúde, felicidade, beijo na boca, festeenhas e crianças pra serem infernizadas. (6)
Então. Vou separar o post por partes porque a preguiçosa aqui não atualiza há um tempão. Em ordem cronológica, portanto...
1- Philadelphia
Bom, a trip pra Philadelphia foi totalmente não-planejada e super divertida. Fiquei sabendo numa quinta-feira à noite que eu teria um fim de semana totalmente by myself, já que a HF iria viajar. Aí eu liguei os pontos: HF away, reuniãozinha de amigas com biritas! Mas aí todo mundo já estava ocupado, ou estaria trabalhando no sábado ou no domingo, e eu vi diante de mim as seguintes opções: passar o fim de semana tomando sorvete e vendo filme sozinha OU me aventurar numa trip qualquer - o que não seria tão mal de se fazer mesmo sem companhia. Considerando que o Mr. Z. tinha ido embora há apenas 1 semana, eu não estava nem um pouco a fim de curtir fossa e ficar escutando "All by myself". Aí liguei pra Josie, uma croata piradinha e muitíssimo gente boa aqui do meu cluster, e ela topou fazer uma trip-relâmpago pra Philadelphia. Bookamos o hostel, compramos os tickets da Chinabus e lá fomos rumo à terra da Independência norte-americana. E posso dizer que a gente se divertiu demais. O hostel deu pro gasto pra uma noite, apesar de ficar num beco e de frente pra uma, digamos, casa de tolerância. Rodamos a pé igual peru e conhecemos um lado super bacana da cidade, pra qual muita gente torce o nariz por ser violenta. São Paulo também é violenta, ué, mas não deixa de ter várias e várias coisas legais pra se fazer. É só tomar cuidado e saber direito onde andar. Visitamos o famoso Liberty Bell, o Independence Hall e outros prédios relacionados à independência dos EUA. Depois do passeio histórico, rumamos pra South Street, que é tipo uma Rua Augusta da vida: cheia de barzinhos, galerias descoladas, lojinhas de arte... lugar pra gente alternativa assim como eu, hehehe. Lá também tem o Penn's Landing, um tipo de pier que fica bem de frente pro Delaware River e proporciona uma vista linda da cidade. Peregrinamos em três barzinhos, conhecemos gente pra lá de simpática e interessante (se eu não fosse uma moça comprometida teria perdido a dignidade fácil, como diz a Dreza) e andamos, andamos, andamos até o toque de recolher soar - sim, lá o prazo de validade da noite também é às 2 horas da manhã. Tsc, tsc... No segundo dia fomos, por sugestão do dude do hostel, pro Mosaic Garden (também na South Street), que é nada menos que uma casa toda decorada por mosaicos, obra de um artista local. Super válida a visita. Depois de andar, andar e andar mais ainda (dá pra cobrir quase todos os pontos turísticos a pé), fomos ao Reading Market, uma espécie de Mercadão de Philly: lá se vende todo tipo de frutas, legumes, temperos e iguarias direto do produtor. Pra uma filha de feirante, foi um colírio pros olhos! :-) Bem próxima do Reading Market fica a JFK Plaza, famosa pelas esculturas gigantes de peças de dominó, ludo e bingo, e, claro, pela escultura do "Love". Não é nada demais, mas você não estará em Philly se não tirar uma foto com esse ponto turístico pra lá de manjado. E após mais um minutinho de andança e vento na cara (como ventava aquele dia, minha senhora!) atravessamos o Franklin Boulevard e chegamos ao Philadelphia Museum of Art, o motivo para muita gente visitar a cidade. A razão é simples: lembram da cena clássica do filme "Rocky"? Então, foi filmada em frente desse museu. Depois de dar soquinhos no ar como o Stallone, apreciamos a vista da cidade, que das escadarias do prédio é bem legal. A visita acabou com mais uma caminhada e um merecido philly cheese steak, sanduíche típico da cidade que se resume a queijo e carne louca em um pão tipo baguete. E aí rumamos de volta pra Jersey em mais duas horas de sacolejada no ônibus dos chinas. O balanço da trip: Philadelphia é uma cidade pra lá de bacana, um misto na medida certa de história e modernidade que eu simplesmente adorei. E a companhia da Josie foi fundamental, porque fofocamos sem parar, rimos muito e nos conhecemos bem melhor, já que só estávamos acostumadas a nos encontrar em cluster meetings. Em resumo, ela passou no teste da trip com louvor, hehehe. Ah, e com certeza vou voltar pra Philly, porque esqueci total de comprar lembrancinhas e a cidade fica a apenas 2 horas de NYC, mesmo...
Primeiramente, senhoras e senhores, feliz 2009 pra geral! Muito sucesso, saúde, felicidade, beijo na boca, festeenhas e crianças pra serem infernizadas. (6)
Então. Vou separar o post por partes porque a preguiçosa aqui não atualiza há um tempão. Em ordem cronológica, portanto...
1- Philadelphia
Bom, a trip pra Philadelphia foi totalmente não-planejada e super divertida. Fiquei sabendo numa quinta-feira à noite que eu teria um fim de semana totalmente by myself, já que a HF iria viajar. Aí eu liguei os pontos: HF away, reuniãozinha de amigas com biritas! Mas aí todo mundo já estava ocupado, ou estaria trabalhando no sábado ou no domingo, e eu vi diante de mim as seguintes opções: passar o fim de semana tomando sorvete e vendo filme sozinha OU me aventurar numa trip qualquer - o que não seria tão mal de se fazer mesmo sem companhia. Considerando que o Mr. Z. tinha ido embora há apenas 1 semana, eu não estava nem um pouco a fim de curtir fossa e ficar escutando "All by myself". Aí liguei pra Josie, uma croata piradinha e muitíssimo gente boa aqui do meu cluster, e ela topou fazer uma trip-relâmpago pra Philadelphia. Bookamos o hostel, compramos os tickets da Chinabus e lá fomos rumo à terra da Independência norte-americana. E posso dizer que a gente se divertiu demais. O hostel deu pro gasto pra uma noite, apesar de ficar num beco e de frente pra uma, digamos, casa de tolerância. Rodamos a pé igual peru e conhecemos um lado super bacana da cidade, pra qual muita gente torce o nariz por ser violenta. São Paulo também é violenta, ué, mas não deixa de ter várias e várias coisas legais pra se fazer. É só tomar cuidado e saber direito onde andar. Visitamos o famoso Liberty Bell, o Independence Hall e outros prédios relacionados à independência dos EUA. Depois do passeio histórico, rumamos pra South Street, que é tipo uma Rua Augusta da vida: cheia de barzinhos, galerias descoladas, lojinhas de arte... lugar pra gente alternativa assim como eu, hehehe. Lá também tem o Penn's Landing, um tipo de pier que fica bem de frente pro Delaware River e proporciona uma vista linda da cidade. Peregrinamos em três barzinhos, conhecemos gente pra lá de simpática e interessante (se eu não fosse uma moça comprometida teria perdido a dignidade fácil, como diz a Dreza) e andamos, andamos, andamos até o toque de recolher soar - sim, lá o prazo de validade da noite também é às 2 horas da manhã. Tsc, tsc... No segundo dia fomos, por sugestão do dude do hostel, pro Mosaic Garden (também na South Street), que é nada menos que uma casa toda decorada por mosaicos, obra de um artista local. Super válida a visita. Depois de andar, andar e andar mais ainda (dá pra cobrir quase todos os pontos turísticos a pé), fomos ao Reading Market, uma espécie de Mercadão de Philly: lá se vende todo tipo de frutas, legumes, temperos e iguarias direto do produtor. Pra uma filha de feirante, foi um colírio pros olhos! :-) Bem próxima do Reading Market fica a JFK Plaza, famosa pelas esculturas gigantes de peças de dominó, ludo e bingo, e, claro, pela escultura do "Love". Não é nada demais, mas você não estará em Philly se não tirar uma foto com esse ponto turístico pra lá de manjado. E após mais um minutinho de andança e vento na cara (como ventava aquele dia, minha senhora!) atravessamos o Franklin Boulevard e chegamos ao Philadelphia Museum of Art, o motivo para muita gente visitar a cidade. A razão é simples: lembram da cena clássica do filme "Rocky"? Então, foi filmada em frente desse museu. Depois de dar soquinhos no ar como o Stallone, apreciamos a vista da cidade, que das escadarias do prédio é bem legal. A visita acabou com mais uma caminhada e um merecido philly cheese steak, sanduíche típico da cidade que se resume a queijo e carne louca em um pão tipo baguete. E aí rumamos de volta pra Jersey em mais duas horas de sacolejada no ônibus dos chinas. O balanço da trip: Philadelphia é uma cidade pra lá de bacana, um misto na medida certa de história e modernidade que eu simplesmente adorei. E a companhia da Josie foi fundamental, porque fofocamos sem parar, rimos muito e nos conhecemos bem melhor, já que só estávamos acostumadas a nos encontrar em cluster meetings. Em resumo, ela passou no teste da trip com louvor, hehehe. Ah, e com certeza vou voltar pra Philly, porque esqueci total de comprar lembrancinhas e a cidade fica a apenas 2 horas de NYC, mesmo...
O pier da South Street, do qual se pode ver o Delaware River (e aquele barquinho ali na frente é nada menos que um restaurante flutuante, viu, gente?).
E a neve me perseguiu até Philly!
2 - Eu quero lutar, mas não com essa farda
No meu sétimo mês aqui nos EUA recebi a tão temida papelada da extensão. Eu vim pra cá com a idéia fixa de passar apenas 1 ano, mas por algumas vezes fiquei no "Should I stay or should I go?" e pensei se talvez não compensaria ficar mais um bocadinho, talvez por mais 6 meses. O motivo principal seria a melhora do inglês e os cursos que eu poderia fazer, mas depois de analisar racionalmente decidi que não, não vai rolar. Eu tenho um relacionamento pra lá de sério no Brasil, vários contatos profissionais (o que pra minha profissão é fundamental), e, sinceramente, ficar mais tempo aqui como au pair não dá MESMO. Extender por mais de 6 meses estaria fora de cogitação, ficar na mesma família por mais tempo também, e acredito que apenas 6 meses não sejam suficientes pra se adaptar a uma nova HF. Em resumo, tudo bem pensado e decidido: negada do Brasil, me aguarde que em maio estarei de volta!
3- Invasão Z. número 2
E eis que a 4 dias do Natal eu recebo o melhor presente que Santa poderia me trazer: a visita da minha sis Juliana. Passei 20 dias com a maluquete, matei as saudades de falar besteira até de madrugada, recebi mimos até dizer chega... sem contar que passeamos pra car$lho. Eu já disse isso antes, mas vou dizer denovo: como é bom ter por perto alguém que se preocupa de verdade com você, que te ama incondicionalmente (snif!). Deixando a viadagem de lado, posso dizer que a visita dela foi uma baita experiência não só pra ela, mas também pra mim. Juntas, comemoramos o Hannukah com a minha HF, ceamos o Natal com a minha turma do cluster (comentários no próximo tópico) e na casa de revista da mãe da minha host, celebramos a chegada do Ano Novo num inferninho em NYC (isso também merece comentários à parte), saímos de baladinha, chapamos o coco no cafofo do Osama, conhecemos pontos turísticos e um pouco além da Big Apple, encaramos trips pra Washington DC e New Hope... foram dias agitados! Nesses dias, várias pessoas comentaram, pra variar, que nós temos o jeito muito parecido. E fico orgulhosa de ser comparada com uma garota tão divertida, linda, inteligente - às vezes BEM atrapalhada, mas ninguém é perfeito, hehehe. Agora, sem me alongar demais senão as lagriminhas vão começar a rolar, só posso dizer que receber as visitas do Edu e da Ju em seqüência foi perfeito. Sou mesmo muito sortuda de poder ter duas pessoas que amo tanto perto de mim neste ano de tantas experiências boas e ruins, mas sobretudo intensas. E aí vão as fotas!
4- Natal e Ano Novo
Pra mim o Natal, mesmo sem planos, não seria de todo ruim, já que minha irmã estava dando o ar da graça por aqui e a Dreza viria passar o feriado aqui em Jersey. Mas eis que de última hora a Patrícia, au pair fofíssima daqui de Maplewood area, resolveu fazer um jantar com todas as au pairs que estariam perdidas na véspera de Natal. No dia 24 a Dre apareceu por aqui e passamos o dia cozinhando e falando besteira. O resultado foi uma ceia deliciosa (com direito a arroz brasileiro, farofa, maionese e o famoso rocambole de carne da chef Ju) em ótima companhia. Foi, sem dúvida, uma noite muito especial e divertida!
Quanto ao Ano Novo, ele permanecia uma incógnita até pouco tempo antes do dia 31. Já sabia que quem estaria por perto seriam apenas a Ju e a Vania, uma amiga super querida que acabou de ir embora pro Brasil (invejinha, hehehe). Como não rolava nem de longe uma vontade - e uma disponibilidade - de pagar 100, 200 dólares pra passar a virada numa festa cheia de gente fresca e música ruim, resolvemos pesquisar. E eis que eu acabei achando um barzinho no East Village que estaria promovendo uma festa 80's no New Year's Eve. Uma olhou pra outra e disse: perfeito! Tudo bem que o pé atrás permaneceu até chegarmos no lugar e a festa começar mesmo a ficar boa, mas foi tudo ótimo. Ah, primeiro tentamos dar uma pescoçada na Times Square pra ver o movimento de gente, mas o frio era tanto e a paciência de ficar andando quadras e quadras sem ver nada tão pouca que decidimos rumar downtown pra nossa festinha. E foi ÓTIMO. Música boa, bebida barata, figuras estranhíssimas e gays, váááários (o que pra mim é garantia de diversão, já que beijar na boca não é minha prioridade no momento, hehehe). Dançamos, bebemos, fizemos uma contagem regressiva autista, rimos até doer o maxilar... é, 2009 começou bem, muito bem. E vem que vem, maio!
Post gigantesco publicado, agora é hora de dizer: Let's kick some asses, dude!
No meu sétimo mês aqui nos EUA recebi a tão temida papelada da extensão. Eu vim pra cá com a idéia fixa de passar apenas 1 ano, mas por algumas vezes fiquei no "Should I stay or should I go?" e pensei se talvez não compensaria ficar mais um bocadinho, talvez por mais 6 meses. O motivo principal seria a melhora do inglês e os cursos que eu poderia fazer, mas depois de analisar racionalmente decidi que não, não vai rolar. Eu tenho um relacionamento pra lá de sério no Brasil, vários contatos profissionais (o que pra minha profissão é fundamental), e, sinceramente, ficar mais tempo aqui como au pair não dá MESMO. Extender por mais de 6 meses estaria fora de cogitação, ficar na mesma família por mais tempo também, e acredito que apenas 6 meses não sejam suficientes pra se adaptar a uma nova HF. Em resumo, tudo bem pensado e decidido: negada do Brasil, me aguarde que em maio estarei de volta!
3- Invasão Z. número 2
E eis que a 4 dias do Natal eu recebo o melhor presente que Santa poderia me trazer: a visita da minha sis Juliana. Passei 20 dias com a maluquete, matei as saudades de falar besteira até de madrugada, recebi mimos até dizer chega... sem contar que passeamos pra car$lho. Eu já disse isso antes, mas vou dizer denovo: como é bom ter por perto alguém que se preocupa de verdade com você, que te ama incondicionalmente (snif!). Deixando a viadagem de lado, posso dizer que a visita dela foi uma baita experiência não só pra ela, mas também pra mim. Juntas, comemoramos o Hannukah com a minha HF, ceamos o Natal com a minha turma do cluster (comentários no próximo tópico) e na casa de revista da mãe da minha host, celebramos a chegada do Ano Novo num inferninho em NYC (isso também merece comentários à parte), saímos de baladinha, chapamos o coco no cafofo do Osama, conhecemos pontos turísticos e um pouco além da Big Apple, encaramos trips pra Washington DC e New Hope... foram dias agitados! Nesses dias, várias pessoas comentaram, pra variar, que nós temos o jeito muito parecido. E fico orgulhosa de ser comparada com uma garota tão divertida, linda, inteligente - às vezes BEM atrapalhada, mas ninguém é perfeito, hehehe. Agora, sem me alongar demais senão as lagriminhas vão começar a rolar, só posso dizer que receber as visitas do Edu e da Ju em seqüência foi perfeito. Sou mesmo muito sortuda de poder ter duas pessoas que amo tanto perto de mim neste ano de tantas experiências boas e ruins, mas sobretudo intensas. E aí vão as fotas!
4- Natal e Ano Novo
Pra mim o Natal, mesmo sem planos, não seria de todo ruim, já que minha irmã estava dando o ar da graça por aqui e a Dreza viria passar o feriado aqui em Jersey. Mas eis que de última hora a Patrícia, au pair fofíssima daqui de Maplewood area, resolveu fazer um jantar com todas as au pairs que estariam perdidas na véspera de Natal. No dia 24 a Dre apareceu por aqui e passamos o dia cozinhando e falando besteira. O resultado foi uma ceia deliciosa (com direito a arroz brasileiro, farofa, maionese e o famoso rocambole de carne da chef Ju) em ótima companhia. Foi, sem dúvida, uma noite muito especial e divertida!
Quanto ao Ano Novo, ele permanecia uma incógnita até pouco tempo antes do dia 31. Já sabia que quem estaria por perto seriam apenas a Ju e a Vania, uma amiga super querida que acabou de ir embora pro Brasil (invejinha, hehehe). Como não rolava nem de longe uma vontade - e uma disponibilidade - de pagar 100, 200 dólares pra passar a virada numa festa cheia de gente fresca e música ruim, resolvemos pesquisar. E eis que eu acabei achando um barzinho no East Village que estaria promovendo uma festa 80's no New Year's Eve. Uma olhou pra outra e disse: perfeito! Tudo bem que o pé atrás permaneceu até chegarmos no lugar e a festa começar mesmo a ficar boa, mas foi tudo ótimo. Ah, primeiro tentamos dar uma pescoçada na Times Square pra ver o movimento de gente, mas o frio era tanto e a paciência de ficar andando quadras e quadras sem ver nada tão pouca que decidimos rumar downtown pra nossa festinha. E foi ÓTIMO. Música boa, bebida barata, figuras estranhíssimas e gays, váááários (o que pra mim é garantia de diversão, já que beijar na boca não é minha prioridade no momento, hehehe). Dançamos, bebemos, fizemos uma contagem regressiva autista, rimos até doer o maxilar... é, 2009 começou bem, muito bem. E vem que vem, maio!
Nós e a japa louca que grudou na gente durante a noite... garantia de MUITAS risadas! (e porque eu sempre pareço ser a mais bêbada?)
Post gigantesco publicado, agora é hora de dizer: Let's kick some asses, dude!
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