segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Perguntinhas rápidas...

Qual o propósito de uma au pair que move seu traseiro do Brasil aos EUA para:

- fazer amizade apenas com brasileiros e não ter um pingo de curiosidade/vontade de conhecer o pessoal de outras partes do mundo?

- frequentar SÓ restaurantes brasileiros, baladas brasileiras, cidades abrasileiradas, ver bandas brasileiras e comprar produtos brasileiros?

- não querer viajar pelos EUA porque, supostamente, já conhece tudo o que queria conhecer de um país que tem CINQUENTA estados?

- ter preguiça de celebrar os feriados tipicamente americanos, como 4 de julho, Thanksgiving, Halloween e etc? Onde ela espera conhecer isso? Na Wizard ou na Cultura Inglesa?

Sério, tem gente que não dá pra entender. Se alguém tiver alguma resposta decente pras perguntas acima, faça o favor de shed a light on my ignorance nos comentários. ;-)

Beijo!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

EUA e Brasil: no meio do abismo

Well, well, well... eu falei que estava sem assunto pra postar, mas olha eu aqui de novo, hehe.

É que, desde que eu cheguei, muita gente tem me perguntado quais as maiores diferenças entre os EUA e o Brasil, do que eu sinto falta, o que tem lá que não tem aqui, o que tem aqui que não tém lá, e blá blá blá blá. Por mais cabeça aberta que vc seja e por mais que haja um abismo social, econômico, financeiro, ideológico e etc entre dois lugares tão diferentes como o Brasil e os EUA, é inevitável fazer comparações entre o seu país e o país em que vc vai passar 1 ano (ou 2, ou mais) morando. E como não dá pra generalizar tudo, ainda mais pq eu não morei no BR inteiro nem nos USA inteiro, aí vai o balanço da minha análise capenga entre São Paulo e New York City (pq comparar SP a Maplewood é covardia, hahaha).

- Transporte público: oh, céus, o transporte público. A razão que me faz percorrer os classificados na web todos os dias, procurando um apê pra sair de Santo André e vir de vez pra Sampa. Ok, o metrozão em NYC pode ser infernal durante a hora do rush (sim, eu já peguei mais de uma vez), mas aquele lance de pegar o trem dos suburbs pra NYC e ir sentadinho e confortável, sem virar um pão de forma no fim da viagem é muito magia Disney... Bem que poderiam transferir o conforto do trecho Maplewood - Penn Station pro Santo André - Estação da Luz. Tá, eu sei, é pedir demais... hehehe. Além disso, as estações de metrô de NYC podem ser feias, sujas e perigosas, mas a funcionalidade de cruzar a cidade INTEIRA de metrô é priceless.

- Boas maneiras e educação: um dia eu não me seguro da vontade de dar um peteleco em quem diz que "americano é tudo educado, brasileiro que é um bando de tosco sem-educação". Bom... o que eu tenho a dizer é: educado é quem tem família em casa pra falar o que é certo e o que é errado, ensinar a dizer os "por favores", "obrigados" e "com licenças" da vida -- e pra isso, não importa a nacionalidade. Gente grossa e gente gentil e bem-educada tem em todo canto do mundo. Até no Brasil, sabia?

- Violência e segurança: taí um tópico pra lá de polêmico. Mas vou ser curta e grossa: você não abre seu laptop, alegre e faceiro, em plena praça da Sé pra trabalhar -- do mesmo jeito que você não faria o mesmo num banquinho de praça no meio do Bronx, certo? É claro que a sensação de segurança que se tem em NYC é bem maior, afinal, os cops estão por todos os lados e realmente repreendem os ladrões, enquanto aqui no Brasil... bom, vcs já sabem. E essa é a maior diferença, porque lugar perigoso e barra pesada, assim como lugares tranquilos e agradáveis, existem desde a Guatemala até a Escócia.

- Saúde: Ok, a situação da saúde pública no Brasil é alarmante, quem não tem plano de saúde se ferra, etc, etc, etc. Mas o tio Sam também não é tão bonzinho com quem precisa ir ao médico e não tem assistência privada -- o que, nos EUA, é muuuuuito mais caro do que no Brasil, é só acompanhar as manchetes sobre os planos de Obama para a saúde. Vou sair um pouco do eixo NYC - SP pra falar rapidinho de um causo que aconteceu nas minhas férias na Califórnia. A Amanda, que foi comigo, teve uma infecção braba no olho enquanto estávamos em Los Angeles, e fomos correndo pro hospital mais próximo. Depois de passarmos 6 horas esperando durante a madrugada na fila da emergência (irônico, né?), saímos de lá sem atendimento -- além disso, fomos tratadas pior do que o mosquito do cocô do cavalo do bandido. Engraçado que, se eu trocasse "Los Angeles" por "São Paulo" ou "Rio de Janeiro", ninguém se surpreenderia...

- A 5a avenida que me desculpe, mas eu sou bem mais a Oscar Freire. ;-)

Ok, essa foi uma análise beeeem capenga e superficial, mas são só algumas das impressões que eu tive e que eu queria compartilhar com vcs. Concorda? Discorda? Ótimo, adoro ouvir opiniões diferentes das minhas.

Conhecer um outro país ou morar nele não é só tirar milhões de fotos com pontos turísticos, encher a mala de eletrônicos e roupas de marca e voltar dizendo que o Brasil é uma merda. Pra não correr o risco de virar aquele mala que só reclama do Brasil e diz que "vida boa mesmo é no estrangeiro", tente observar tudo com olhar crítico e ponderar as coisas.

Não estou dizendo que o Brasil é um paraíso (tá longe de ser), mas os EUA também não é. Muita au pair se deslumbra com a vida que se tem aí, mas lógico, au pair mora nos suburbs, normalmente em lugares tranquilos, numa casa enorme e linda, com carros na garagem e um padrão de vida top. Mas junte A com B: alguma coisa daquilo ali é seu? Éééé... não. Agora, tente viver nos EUA com o salário que vc tem aqui no Brasil e veja o que vc consegue. Com sorte, o Bronx te espera de braços abertos. ;-)

Beijo pra quem fica!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

1, 2, 3, 4 -- 4, 3, 2, 1

Novidades da vida pós-au pair:

- Valeu pelas good vibrations, meninas: arranjei um emprego e estou na ativa há quase 1 mês. Congrats pra mim, êêê! Estou numa editora superbacana, fazendo o que mais gosto e, o que é melhor, aprendendo MUITO. E não era exatamente uma das coisas que eu mais queria?

- Voltar à vida de "gente grande" nem sempre é fácil: contas pra pagar, bateção de perna pra encontrar um apê decente, frustração com a falta de educação alheia... mas com uma boa dose de paciência e perseverança, não há de ser nada! Quem completou com sucesso um ano de au pair tem jogo de cintura pra qualquer coisa, meu bem!

- Saudades da vida nos States? Sim, de vez em quando. Tem hora que chega a doer o coração perceber que não estou mais lá, mas logo passa. Como bem disse a Dre, pra quem já morou nos EUA, NY é logo ali -- e, devo acrescentar, San Francisco também. ;-) Ah, mas não estou depressiva, nem com vontade de voltar tão cedo -- a não ser com uma passagem paga e um cartão de crédito sem limites. Uahaha.

- Encontrei com algumas amigas au pairs aqui no Brasil e, ai... alguém aí sabe se já inventaram máquina do tempo? Como seria bom reviver tudo o que a gente passou nos USA! Mas o melhor é saber que as amizades continuam firmes e fortes aqui no BR. ;-)

- Ah, este blog está prestes a acabar de vez. E' que a vida pós- au pair não tem tanta graça assim pra ser contada publicamente, vamos concordar... hehehe. Quem sabe, nos próximos posts eu volte pra falar um pouco sobre as minhas andanças pelos States, com o propósito de dar dicas pras minhas ex-colegas de trabalho. Que tal??

Beijos, boa sorte pras au pairs beginners e, pras au pairs "em exercício" (rá!), força na peruca!

Mari.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Now I'm home, I'm in the place where I belong

E aêêê, moçada? Uma passada pra dar notícias e fazer um balanço da vida de pós-au pair.

Pois bem, já faz 1 mês e uma semana que eu desembarquei em solo brasileiro. E já parece que uns 6 meses se passaram! Ainda bem. Eu estava com medo de ficar entediada, de não me acostumar novamente à "vida como ela é", mas que nada. Eu tô ficando igual líquido: se adapta a qualquer recipiente, independente da forma, hahaha. Se isso é bom ou ruim eu ainda não sei, mas acredito que está mais pra primeira opção. ;-)

É claro que a vida de pós-au pair não tem toda a curtição da vida de au pair, mas disso eu já sabia. Mas continuo saindo com amigos, tomando minhas cervejinhas (ainda que não no meio da semana-- ainda, hehe), fazendo planos mirabolantes de viagens pros próximos feriados prolongados... Claro que eu não sinto tanto a necessidade desesperadora de sair TODO final de semana, afinal, além de não querer sair de casa pra fugir da host family, agora eu estou perto do namo e tenho coisas mais interessantes pra fazer além de procurar um programa pra todo fds (6).

Por outro lado, tem coisas às quais eu ainda não consegui me acostumar. Não ouvir inglês o tempo todo e ser obrigada a falar inglês, por exemplo. Esqueçam Starbucks, Victoria's Secret por 3 doletas e Guinness a preço de banana. O que eu sinto falta MESMO é do tal do inglês. E talvez a minha dica pras futuras pós-au pairs seja arranjar um jeito de não perder o idioma: assistindo séries e filmes sem legenda, fazendo compositions fictícias pra praticar o writing, frequentar aulas de conversação, que seja. O negócio é ir atrás pra continuar praticando inglês e não perder o rebolado -- a não ser que você tenha passado 1 ano ou 2 na gringa só pra comprar Victoria's Secret mais barato. :-D

Do resto, a vida aqui vai bem. Estou, como toda pós- au pair, à procura de emprego, mas também arranjei uns 9734897 freelas em editoras que estão tomando boa parte do meu tempo -- e garantindo o leitinho das crianças, claro. Já fiz um teste da Cultura Inglesa e em agosto começo o curso preparatório pra tirar o certificado de proficiência de Cambridge. Viciei no "The Office" (um seriado que eu SUPER recomendo), estou terminando a terceira temporada e, por causa dele, já sinto falta das pataquadas da vida corporativa. Já tenho a próxima viagem de férias toda planejada aqui na cachola (não, eu não tenho emprego, mas já tenho planos pra viagem de férias, hahaha).

Ah, e não contei que eu recebi a visita da minha ex-host mom aqui em Sampa! Hahaha. Ela veio a SP a trabalho, e nos encontramos num domingão de sol pra eu mostrar a cidade pra ela. Teve Mercadão (que ela adorou, tirou trocentas fotos das frutas e legumes), Parque do Ibirapuera e MAM, Museu do Ipiranga e, no fim do dia, caipirinha na Cachaçaria Água Doce, que ninguém é de ferro. Dava pra bater aposta pra ver quem tinha ficado mais tleze de caipirinha, eu ou ela, hahaha. Foi um dia super agradável, ela adorou a cidade e estava pra lá de nice. Quem sabe se fosse sempre assim eu não teria ficado mais uns 6 meses na casa dela, hehehe.

Bom, então é isso, pessoal... a vida vai bem, obrigada, e agora é só olhar pra frente!

Boa sorte pras futuras au pairs e pras meninas que ainda estão "na lida" -- May the Force be with you! :-)

Beijomeliga,

Mari.

sábado, 23 de maio de 2009

I'm back!

Pois é, minha gente... depois de quase 1 mês sem dar notícias, eis que volto postando de um lugar diferente, cheia de novas e com um sorrisão enoooorme no rosto. No momento estou na casa da minha mãe, com a pança doendo de tanto comer as famosas esfihas que ela faz e (quase) cansada de tanto ser paparicada. Ai, ai, life is good... (6)

Mas vamos por partes -- como sempre. Antes de voltar ao Brazil, ops, Brasil, parti pra uma viagem de 10 dias rumo ao meu destino acessível dos sonhos: Califórnia. Foram 3 dias em Los Angeles e 5 dias em San Francisco com a companhia super especial da minha marida Amanda, e o que posso dizer é o seguinte: LA é foda, mas San Fran é megaultra fodaça. Não me perguntem de onde veio a obsessão, mas eu sempre fui louca pra conhecer San Francisco. Lógico que eu tenho vontade de carimbar meu passaporte o maior número possível de vezes e visitar muitos e muitos lugares, mas quando eu decidi ir pros EUA, coloquei na cabeça: eu TINHA de conhecer SF.

Resumão pra geral, então. Nos divertimos horrores e andamos até cansar em LA, cobrindo os pontos turísticos básicos: Hollywood Sign, Calçada da Fama, Beverly Hills, Universal Studios e as praias de Santa Monica e Venice Beach. Foi divertido e tal, mas a cidade nem tem nada de tãããããõ especial -- o que fez a passagem por LA valer a pena, pra variar, foram os micos e roubadas de viagem, heheh.

De lá fomos de avião pra San Francisco, e putaqueopariu. Se tem uma cidade que eu tenho que morar algum dia na minha vida (nem se for por 1 mês e num muquifo) é SF. Lugar lindo, limpo, organizado, com gente simpática, vistas exuberantes (e, pra gente, mais episódios hilários!)... Teve passeio de cable car, bateção de perna no Golden Gate Park, na Haight Ashbury Street, na Lombard Street, na Chinatown e em Sausalito, road trip pra Santa Cruz, excursão pro parque nacional de Yosemite (e suspiros mil pra paisagem), caminhada e lagriminha na Golden Gate Bridge... Esses dias de férias renderam uma bela lavada na alma, um colírio pros olhos e uma declaração de amor pra San Francisco que vai ficar pra sempre na minha pele -- literalmente!

Fotos em breve -- mesmo!

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Depois de voltarmos de San Francisco, foi hora de me despedir de NYC e da minha sis, que agora mora nos EUA. Foi uma delícia passar um dia todo com ela nos meus pontos preferidos de NYC, bater papo, refletir sobre a vida e rir até doer a barriga com piadinhas infames. Aí voltei pra Jersey, me despedi (pela terceira vez, haha) das minhas amiguxas com um almoço pra lá de gostoso e me preparei pra pegar o avião pra casa. A despedida das crianças foi super fofa: os dois me deram um group hug, me encheram de beijos e ficaram falando "tchau, tchau", assim, em português, hehehe. Não rolou chororô em nenhum momento, mas eu senti bem vendo que deixei alguma coisa boa com eles, assim como eles (por mais pestinhas que fossem) deixaram comigo.

Quando o avião decolou e eu vi Newark ficando pequenininha, deu uma sensação maravilhosa. Passou um mini-flashback de tudo o que aconteceu nesse ano: momentos felizes, revoltantes, difíceis, divertidos, embasbacantes, com um nível alcoólico beeeem acima do permitido... sabe aquela sensação de dever cumprido? Foi exatamente assim que eu me senti. E sabendo que ainda tem muito, muito mais pra conhecer, aprender e aproveitar... além dos EUA, claro ;-)

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A chegada em Guarulhos foi, digamos, meio confusa, hehe. Não recebi minhas malas (na verdade, uma delas ainda não foi recuperada) e fiquei com cara de tacho, até que vi o Edu e abri AQUELE sorrisão, hehehe. A partir daí foi só paparicação, encheção de pança, mimos e descanso. E aí a gente volta ao que ainda tá acontecendo aqui na casa da minha mamis ;-) Vou aproveitar até chegar a hora de voltar a ser gente grande, né? Mas por enquanto eu sou só a bebê da casa e a darling do meu namorado, heheh. Coisa boa, não?

Valeu mesmo pras meninas que acompanharam o blog (que em breve vai virar museu), e que venha a próxima fase! :-)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Borboletas

As borboletas não param de voar no meu estômago... a 2 semanas de voltar pra casa, o frio na barriga chegou aqui e parou!

Mas antes de voltar à terra Brasilis, uma paradinha merecida na Califórnia, porque a au pair aqui não é de ferro. Vou ali e já volto. Mesmo! ;-)

terça-feira, 21 de abril de 2009

1 year and counting

Booooooooooom dia, flor do dia!

Empolgação? Imagina. O tempo lá fora pode estar feio, o quarto pode estar mais bagunçado que fim de feira, mas o sorrisão hoje não sai do rosto. Por quê? Porque hoje, dia 21 de abril, completo 1 ano de Estados Unidos.

Há um ano, eu estava chegando aqui sem saber se ia dar certo, com um frio terrível na barriga, mas com sede de aproveitar tudo o que essa terrinha poderia me oferecer. E como aproveitei... foram (estão sendo) 12 meses de um misto tão intenso de sensações que só vindo pra cá mesmo pra entender. Alegria, nervosismo, tristeza, felicidade, revolta, saudade, tudo se junta de uma maneira tão forte e tão instável que não há como passar imune por essa experiência. Neste ano, eu...

* descobri que sou muito mais forte do que imaginava
* ri tanto até dar cãibra na barriga, inúmeras vezes e pelos mais diversos motivos
* fiquei com a cara inchada de tanto chorar, tanto de tristeza quanto de alegria
* viciei em Starbucks e Panera Bread
* desenvolvi um senso de direção de deixar GPS no chinelo (hahahahah, nem tanto, nem tanto!)
* fui parar na corte por ainda não ter a carteira de motorista de NJ quando fui parada pelo cop (manhê, sou uma fora da lei!)
* filosofei sobre os assuntos mais inusitados, nos lugares mais inusitados e com as pessoas mais inusitadas
* quase mandei a fuça numa árvore depois de o carro ter hidroplanado no meio da rua
* aprendi expressões em inglês que eu tenho vergonha de falar até pro espelho
* recebi a visita das minhas duas queridas errrmãs e do meu amor
* passei um dia inteiro comendo Peeps por pura preguiça de cozinhar pra mim mesma
* me decepcionei muito com pessoas em quem eu pensava que podia confiar, mas também fiz amizades que em poucos meses demonstraram um valor enorme
* aprendi a gostar de Beatles e Tom Petty e me apaixonei pelo The Who
* aceitei o fato de que não importa quantas vezes eu vá pra Nova York, eu SEMPRE vou continuar me deslumbrando com a Times Square e com a Brooklyn Bridge como se fosse a primeira vez
* perdi a conta de quantas vezes fui ao parque só pra deitar na sombra e dormir ouvindo meu mp3
* senti muito, muito orgulho do meu inglês
* senti muita, mas muita vergonha do meu inglês
* fui aos shows de duas das minhas bandas favoritas de todo o universo: Pearl Jam e Dave Matthews Band
* fiquei mais retardada por montanhas-russas do que eu já era
* fui numa balada de Ano Novo que não tinha nada a ver com ingressos caros e clubes badalados, mas que fez eu me divertir horrores
* passei a noite de aniversário mais romântica ever no topo do Empire State
* troquei palavras simples como "snack" por "snake", "dessert" por "desert", "honey" por "bunny" e fui extremamente zoada por crianças menores de 10 anos por conta disso
* dirigi em Manhattan em pleno Thanksgiving day
* fiquei mais bêbaba que o Batman, a ponto de não me lembrar no dia seguinte como eu tinha torcido o meu tornozelo
* passei tanto calor que pensei que fosse morrer
* passei tanto frio que pensei que fosse morrer
* me decepcionei com o Halloween, mas compensei tudo no St. Patrick's Day
* dancei no piano gigante da FAO Schwarz e me senti o Tom Hanks
* fui elogiada pelos motivos mais estranhos
* fui num jogo da NBA e fiquei torcendo pro NJ Nets no meio da torcida adversária
* conheci Boston, Niagara Falls, um pedaço do Canadá, Philadelphia, DC e Baltimore (e a West Coast tá logo ali!)
* gastei 20 dólares, por engano, escolhendo músicas numa jukebox
* me surpreendi demais com as pessoas (tanto positiva quanto negativamente)
* pensei em voltar de mala e cuia pra casa diversas vezes
* aprendi a fotografar o mundo com os olhos, pra guardar pra mim mesma aqueles momentos e lugares que são tão especiais a ponto de não merecerem ficar presos numa foto
* decidi que não quero filhos pelos próximos 10 anos (se um dia eu chegar a querer ter filhos)
* paguei pra entrar na praia
* fiz um piquenique no meio da chuva
* exercitei a paciência e a habilidade de engolir sapos (quase que) diariamente. Se continuar assim no Brasil, alguns anos eu alcanço o nível Dalai Lama de serenidade (6)
* não fiz os cursos que queria, mas estabeleci objetivos mais acessíveis e interessantes pros meus estudos num futuro próximo
* fui tratada de empregadinha, mas dei a volta por cima
* descobri que tenho talento para face painting, e faço uns cupcakes de abrir concorrência pra Magnolia Bakery
* acima de tudo isso, me tornei uma pessoa melhor.

E é isso... não importa qual seja o objetivo da au pair quando decide vir pra cá, o que importa é se ela vai fazer seu ano valer a pena. E eu procuro, a cada dia, fazer valer cada momento, mesmo que seja uma hora de revolta ou de raiva -- porque isso também nos faz crescer, não?

E vamo que vamo que ainda tem 22 dias pela frente! E muita coisa ainda pra adicionar à lista... ;-)

**** Dark clouds may hang on me sometimes, but I'll work it out! ****