E aí, geral, beleza? Tudo certo por aqui. O fim de semana foi surpreendentemente bem melhor do que eu imaginava, com direito a vexame na pista de dança e no karaokê e dia de princesa na faixa (heheheh, adoro).
Mas hoje eu queria falar sobre um assunto que eu deixei de molho porque demorou demais pra ser resolvido. Demorou mas FOI resolvido, e é isso que importa! Estou falando dos estudos aqui nos Estados Unidos, o que pra mim se revelou uma verdadeira novela. Senta que lá vem história...
Na verdade, eu vim pra cá decidida a fazer um curso da New York University voltado pro mercado editorial, ou seja, top do top na minha área. Teria que desembolsar uma grana, mas o curso valia uma boa parte dos créditos da APIA e eu já estava com tudo mais ou menos esquematizado. Quando eu cheguei aqui as matrículas pro verão já estavam trancadas, então beleza: deixei o projeto na gaveta e me matriculei pra um curso de literatura na Drew University, que fica aqui perto de casa. Isso foi em junho, e uma semana antes de começarem as aulas eu descobri que o curso da Drew tinha sido cancelado. Acontece que eu estava de férias em Boston, na época, e quando voltei acabei perdendo o prazo pra me rematricular - não só naquela universidade, mas em todas as outras aqui por perto. "Tudo bem", pensei, "vou deixar pra fazer o curso da NYU no outono". Pesquisei questão de preços, cronograma, mas o problema esbarrou no horário. O curso seria à noite, a partir das 7pm, e eu teria que sair daqui de NJ uma hora antes pra poder chegar em NY a tempo. Como eu trabalho até as 8:30pm, fui conversar com a minha host pra negociar se eu poderia sair mais cedo, já que o curso seria só às segundas durante 3 meses. Mas não teve conversa: ela disse que não daria, já que ela tinha escolhido uma au pair justamente por causa do horário de trabalho, blá, blá, blá... fiquei MUITO chateada, afinal, quando eu cheguei ela disse que me apoiaria em tudo o que tivesse a ver com os meus estudos, mas no fim das contas a coisa mudou de figura e eu tive que abaixar as orelhas porque, pelo menos pra eles, eu estou aqui pra cuidar das crianças. Enfim.
Em setembro, me registrei num curso de World Literature aqui no Essex County College, em Newark. O legal foi que, depois de freqüentar 2 semanas de aulas (que eu estava detestando), quando fui pagar o curso me avisaram que a minha matrícula como ouvinte não era válida e que eu deveria me matricular como aluna regular, já que o prazo pra ouvintes tinha passado. Excuse me? Tá escrito "otária" aqui na minha testa? Rodei a baiana legal mas não adiantou lhufas, e como eu já não estava gostando do curso mesmo resolvi sair fora. Aí eu me vi no meu sexto mês sem ter estudado porcaria nenhuma aqui: só um curso de ESL aqui ou ali, mas nada que passasse perto do que eu realmente queria fazer. Eu estava muito, mas MUITO frustrada, já que um dos meus maiores objetivos aqui era estudar alguma coisa na minha área, e eu já estava me vendo em um daqueles cursos de cerâmica ou dança de rua que as minas européias fazem, hehehe. Mas como felizmente eu tenho uma counselor muito da bacana, consegui com a ajuda dela encontrar um curso que não era nem de longe o que eu queria, mas que me ajudou a completar parte dos créditos e a ocupar meu tempo: fiz Francês no Union County College. Aprendi um bocadinho, mas mesmo assim eu ainda estava bem chateada.
Pra completar a história, acabei me matriculando agora em janeiro num curso de Advanced ESL no Union County College, e em Literary Analysis na Drew University. É o que eu quero? Não, nem ferrando. Mas como eu estava conversando com as meninas há algum tempo, as opções aqui em NJ não são lá tão amplas pras au pairs que não estão a fim de estudar ESL. No meu caso o que ferrou tudo ainda mais foi o schedule, porque como a maioria dos cursos de Continuing Education (que valem pras au pairs que não querem fazer ESL) é à noite, eu só descobri aqui que não iria rolar de fazer. Claro que eu poderia ter pesquisado um pouco mais antes de vir, claro que eu poderia ter escolhido uma família com um schedule que me permitisse estudar à noite, claro que eu poderia ter tido um pouco mais de sorte, claro que se, se, se... mas se a minha mãe fosse virgem eu não teria nascido, então let's move on.
Aí a situação atual é a seguinte: estou até que gostando do curso de ESL, que pelo jeito vai me ajudar bastante com o writing, e as aulas de Literary Analysis que eu assisti até agora foram ótimas. Acho que eu devo ser a mais velha na sala, mas é bem legal analisar e viajar nos textos, do jeito que eu fazia na faculdade. But in English, now ;-) Ah, e sem contar que o maior aprendizado que eu estou tendo aqui não tem a ver com universidade ou curso formal: a melhora que eu tive no meu inglês só conversando com a geral e com as minhas kids foi muito maior do que nos 5 anos que eu passei com a minha bunda sentada nas escolas de inglês no Brasil.
E quanto ao curso de verão da New York University? Digamos que ele faz parte de um certificado de editoração que é a menina dos meus olhos, e que eu posso muito bem juntar uma grana pra voltar daqui a alguns anos pra cá e estudar nele. Ah, e sem me preocupar com horários e sem depender da boa vontade de ninguém além de mim. It sounds much better, doesn't it? :-D
Moral da história: meninas, se vocês têm como meta fazer um curso específico, pesquisem muito, conversem com a host family antes do match sobre os horários de estudo e fiquem de olho nos horários de cursos nos colleges perto das cidades pra onde você possivelmente vá. Fica a dica!!
Beijomeliga,
Mari.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Under the table and dreaming
Sim, hoje é feriado (19 de janeiro), mas eu estou no lerê lerê. Como as kids ainda estão dormindo, vou aproveitar pra fazer um post rapidinho.
O fim de semana foi um dos mais tediosos dos últimos meses, então não vou falar muito sobre ele. Comecei a aula de ESL avançado no sábado (no Union County College). Achei beeem melhor do que tinha pensado inicialmente, o professor parece ser ótimo e gostei bastante do fato de que as aulas vão ser pautadas em writing e análise gramatical, dois dos aspectos que mais preciso melhorar. O primeiro writing assigment é "Who is the most important person in your life?" Hum, difícil essa... :-)
Aí passei o sábado inteiro morgando, já que a neve tomou conta geral de Maplewood area, e ontem fui ao cinema assistir "The Curious Case of Benjamin Button". Lindo, lindo, lindo. Assistam!
E assim foi o fim de semana: só saí pra ir ao curso, no sábado, e ao cinema, ontem. U-hu! Mas tudo bem, já que eu estou contando moedinhas pra pagar o meu vôo de volta pro Brasil e as passagens pra minha tão sonhada viagem de 13o mês. Ah, e no meio de tudo isso inventei de ir no show da Dave Matthews Band, que eu amo - os tickets já estão em mãos pro dia 14 de abril! :-) Ou seja: os próximos meses serão de economia total se eu quiser comprar o que ainda quero e preciso, e se quiser ter uma estadia decente na minha trip. Nessas horas é até bom não ser Miss Popularity: ninguém me liga pra fazer nada, logo, não passo vontade de sair. Logo, não gasto dinheiro. Otimismo é tudo nessa vida, né não, gente?
Aí eu lembrei que amanhã completo 9 meses aqui na gringa. Cara, 9 meses! Sem medo de a piadinha ser ruim, posso afirmar que essa temporada aqui está bem parecida com um parto: difícil, mas com resultados pra lá de positivos! Eu estava pensando, outro dia, que se eu tivesse de voltar pra casa agora, já poderia considerar que estou no lucro. Não, não fiz os cursos que queria e os que vou fazer agora não passam nem perto, mas eu deixei de ficar mal com esse assunto de escola e desencanei. Mas fiz uma auto-avaliação e uma retrospectiva, e constatei que, nesses 9 meses:
- melhorei MUITO o meu inglês, e não tenho modéstia nenhuma em afirmar que vou voltar pro Brasil arrebentando.
- viajei até mais do que tinha previsto, mas ainda falta completar a minha viagem acessível dos sonhos (sim, porque o mochilão pela Europa e a trip pra Índia ainda não são acessíveis).
- aprendi a andar em New York City a ponto de não precisar mais de mapa pras partes centrais da cidade.
- descobri que sou muito mais paciente do que imaginava, e que aprender a engolir sapo é uma habilidade fundamental para quem quiser ser au pair. Pra uma pessoa acostumada a não levar desaforo pra casa, como eu, foi preciso uma dose extra de paciência e auto controle pra não mandar certas pessoas à pqp, quando deu vontade.
- vi que até as coisas mais triviais fazem uma falta danada quando você está longe de tudo e de todos. Isso inclui as coxinhas de frango da feira de sábado, a musiquinha do caminhão da Shell gás e o cheiro da comida da avó do Edu nos almoços de domingo.
- percebi que nem todas as pessoas que você conhece são definitivas na sua vida: pouquíssimas amizades duram o ano todo (e provavelmente vão permanecer mesmo depois da volta ao BR), outras se alongam apenas por alguns meses, e outras aparecem apenas nos fins de semana. Outra coisa muito importante: é legal ter com quem farrear, mas também é essencial ter uma ou duas pessoas pra quem você possa ligar quando estiver à beira de cometer suicídio ou só quiser falar besteira.
- arranjei hospedagem em várias partes do mundo, via au pairs gringas (beginners, peguem essa: fazer amizade com as gringas, além de ajudar demais na prática do inglês, ainda pode garantir hospedagem quando você quiser mochilar por aí. Fica a dica!).
Se eu ficar viajando, a lista tende a ficar interminável. Mas, numa olhada rápida no que passou, já consegui identificar vários pontos que fizeram e estão fazendo este ano valer MUITO a pena, apesar de todas as chateações com a HF, da homesickness... Sem dúvida, este é um ano que está fazendo a diferença não só no aspecto do inglês, das viagens ou das festas, mas também está me tornando uma pessoa infinitamente melhor do que a Mariana que chegou aqui em abril de 2008. E isso é priceless!!
Bom, é isso, pessoas! Ótima semana pra todos! :-)
Beijomeliga!
O fim de semana foi um dos mais tediosos dos últimos meses, então não vou falar muito sobre ele. Comecei a aula de ESL avançado no sábado (no Union County College). Achei beeem melhor do que tinha pensado inicialmente, o professor parece ser ótimo e gostei bastante do fato de que as aulas vão ser pautadas em writing e análise gramatical, dois dos aspectos que mais preciso melhorar. O primeiro writing assigment é "Who is the most important person in your life?" Hum, difícil essa... :-)
Aí passei o sábado inteiro morgando, já que a neve tomou conta geral de Maplewood area, e ontem fui ao cinema assistir "The Curious Case of Benjamin Button". Lindo, lindo, lindo. Assistam!
E assim foi o fim de semana: só saí pra ir ao curso, no sábado, e ao cinema, ontem. U-hu! Mas tudo bem, já que eu estou contando moedinhas pra pagar o meu vôo de volta pro Brasil e as passagens pra minha tão sonhada viagem de 13o mês. Ah, e no meio de tudo isso inventei de ir no show da Dave Matthews Band, que eu amo - os tickets já estão em mãos pro dia 14 de abril! :-) Ou seja: os próximos meses serão de economia total se eu quiser comprar o que ainda quero e preciso, e se quiser ter uma estadia decente na minha trip. Nessas horas é até bom não ser Miss Popularity: ninguém me liga pra fazer nada, logo, não passo vontade de sair. Logo, não gasto dinheiro. Otimismo é tudo nessa vida, né não, gente?
Aí eu lembrei que amanhã completo 9 meses aqui na gringa. Cara, 9 meses! Sem medo de a piadinha ser ruim, posso afirmar que essa temporada aqui está bem parecida com um parto: difícil, mas com resultados pra lá de positivos! Eu estava pensando, outro dia, que se eu tivesse de voltar pra casa agora, já poderia considerar que estou no lucro. Não, não fiz os cursos que queria e os que vou fazer agora não passam nem perto, mas eu deixei de ficar mal com esse assunto de escola e desencanei. Mas fiz uma auto-avaliação e uma retrospectiva, e constatei que, nesses 9 meses:
- melhorei MUITO o meu inglês, e não tenho modéstia nenhuma em afirmar que vou voltar pro Brasil arrebentando.
- viajei até mais do que tinha previsto, mas ainda falta completar a minha viagem acessível dos sonhos (sim, porque o mochilão pela Europa e a trip pra Índia ainda não são acessíveis).
- aprendi a andar em New York City a ponto de não precisar mais de mapa pras partes centrais da cidade.
- descobri que sou muito mais paciente do que imaginava, e que aprender a engolir sapo é uma habilidade fundamental para quem quiser ser au pair. Pra uma pessoa acostumada a não levar desaforo pra casa, como eu, foi preciso uma dose extra de paciência e auto controle pra não mandar certas pessoas à pqp, quando deu vontade.
- vi que até as coisas mais triviais fazem uma falta danada quando você está longe de tudo e de todos. Isso inclui as coxinhas de frango da feira de sábado, a musiquinha do caminhão da Shell gás e o cheiro da comida da avó do Edu nos almoços de domingo.
- percebi que nem todas as pessoas que você conhece são definitivas na sua vida: pouquíssimas amizades duram o ano todo (e provavelmente vão permanecer mesmo depois da volta ao BR), outras se alongam apenas por alguns meses, e outras aparecem apenas nos fins de semana. Outra coisa muito importante: é legal ter com quem farrear, mas também é essencial ter uma ou duas pessoas pra quem você possa ligar quando estiver à beira de cometer suicídio ou só quiser falar besteira.
- arranjei hospedagem em várias partes do mundo, via au pairs gringas (beginners, peguem essa: fazer amizade com as gringas, além de ajudar demais na prática do inglês, ainda pode garantir hospedagem quando você quiser mochilar por aí. Fica a dica!).
Se eu ficar viajando, a lista tende a ficar interminável. Mas, numa olhada rápida no que passou, já consegui identificar vários pontos que fizeram e estão fazendo este ano valer MUITO a pena, apesar de todas as chateações com a HF, da homesickness... Sem dúvida, este é um ano que está fazendo a diferença não só no aspecto do inglês, das viagens ou das festas, mas também está me tornando uma pessoa infinitamente melhor do que a Mariana que chegou aqui em abril de 2008. E isso é priceless!!
Bom, é isso, pessoas! Ótima semana pra todos! :-)
Beijomeliga!
domingo, 11 de janeiro de 2009
Depois de um longo e tenebroso inverno...
*ALERTA: POST GIGANTE! Se não estiver a fim de ler tudo de uma só vez, aprecie com moderação e em doses homeopáticas.*
Primeiramente, senhoras e senhores, feliz 2009 pra geral! Muito sucesso, saúde, felicidade, beijo na boca, festeenhas e crianças pra serem infernizadas. (6)
Então. Vou separar o post por partes porque a preguiçosa aqui não atualiza há um tempão. Em ordem cronológica, portanto...
1- Philadelphia
Bom, a trip pra Philadelphia foi totalmente não-planejada e super divertida. Fiquei sabendo numa quinta-feira à noite que eu teria um fim de semana totalmente by myself, já que a HF iria viajar. Aí eu liguei os pontos: HF away, reuniãozinha de amigas com biritas! Mas aí todo mundo já estava ocupado, ou estaria trabalhando no sábado ou no domingo, e eu vi diante de mim as seguintes opções: passar o fim de semana tomando sorvete e vendo filme sozinha OU me aventurar numa trip qualquer - o que não seria tão mal de se fazer mesmo sem companhia. Considerando que o Mr. Z. tinha ido embora há apenas 1 semana, eu não estava nem um pouco a fim de curtir fossa e ficar escutando "All by myself". Aí liguei pra Josie, uma croata piradinha e muitíssimo gente boa aqui do meu cluster, e ela topou fazer uma trip-relâmpago pra Philadelphia. Bookamos o hostel, compramos os tickets da Chinabus e lá fomos rumo à terra da Independência norte-americana. E posso dizer que a gente se divertiu demais. O hostel deu pro gasto pra uma noite, apesar de ficar num beco e de frente pra uma, digamos, casa de tolerância. Rodamos a pé igual peru e conhecemos um lado super bacana da cidade, pra qual muita gente torce o nariz por ser violenta. São Paulo também é violenta, ué, mas não deixa de ter várias e várias coisas legais pra se fazer. É só tomar cuidado e saber direito onde andar. Visitamos o famoso Liberty Bell, o Independence Hall e outros prédios relacionados à independência dos EUA. Depois do passeio histórico, rumamos pra South Street, que é tipo uma Rua Augusta da vida: cheia de barzinhos, galerias descoladas, lojinhas de arte... lugar pra gente alternativa assim como eu, hehehe. Lá também tem o Penn's Landing, um tipo de pier que fica bem de frente pro Delaware River e proporciona uma vista linda da cidade. Peregrinamos em três barzinhos, conhecemos gente pra lá de simpática e interessante (se eu não fosse uma moça comprometida teria perdido a dignidade fácil, como diz a Dreza) e andamos, andamos, andamos até o toque de recolher soar - sim, lá o prazo de validade da noite também é às 2 horas da manhã. Tsc, tsc... No segundo dia fomos, por sugestão do dude do hostel, pro Mosaic Garden (também na South Street), que é nada menos que uma casa toda decorada por mosaicos, obra de um artista local. Super válida a visita. Depois de andar, andar e andar mais ainda (dá pra cobrir quase todos os pontos turísticos a pé), fomos ao Reading Market, uma espécie de Mercadão de Philly: lá se vende todo tipo de frutas, legumes, temperos e iguarias direto do produtor. Pra uma filha de feirante, foi um colírio pros olhos! :-) Bem próxima do Reading Market fica a JFK Plaza, famosa pelas esculturas gigantes de peças de dominó, ludo e bingo, e, claro, pela escultura do "Love". Não é nada demais, mas você não estará em Philly se não tirar uma foto com esse ponto turístico pra lá de manjado. E após mais um minutinho de andança e vento na cara (como ventava aquele dia, minha senhora!) atravessamos o Franklin Boulevard e chegamos ao Philadelphia Museum of Art, o motivo para muita gente visitar a cidade. A razão é simples: lembram da cena clássica do filme "Rocky"? Então, foi filmada em frente desse museu. Depois de dar soquinhos no ar como o Stallone, apreciamos a vista da cidade, que das escadarias do prédio é bem legal. A visita acabou com mais uma caminhada e um merecido philly cheese steak, sanduíche típico da cidade que se resume a queijo e carne louca em um pão tipo baguete. E aí rumamos de volta pra Jersey em mais duas horas de sacolejada no ônibus dos chinas. O balanço da trip: Philadelphia é uma cidade pra lá de bacana, um misto na medida certa de história e modernidade que eu simplesmente adorei. E a companhia da Josie foi fundamental, porque fofocamos sem parar, rimos muito e nos conhecemos bem melhor, já que só estávamos acostumadas a nos encontrar em cluster meetings. Em resumo, ela passou no teste da trip com louvor, hehehe. Ah, e com certeza vou voltar pra Philly, porque esqueci total de comprar lembrancinhas e a cidade fica a apenas 2 horas de NYC, mesmo...
Primeiramente, senhoras e senhores, feliz 2009 pra geral! Muito sucesso, saúde, felicidade, beijo na boca, festeenhas e crianças pra serem infernizadas. (6)
Então. Vou separar o post por partes porque a preguiçosa aqui não atualiza há um tempão. Em ordem cronológica, portanto...
1- Philadelphia
Bom, a trip pra Philadelphia foi totalmente não-planejada e super divertida. Fiquei sabendo numa quinta-feira à noite que eu teria um fim de semana totalmente by myself, já que a HF iria viajar. Aí eu liguei os pontos: HF away, reuniãozinha de amigas com biritas! Mas aí todo mundo já estava ocupado, ou estaria trabalhando no sábado ou no domingo, e eu vi diante de mim as seguintes opções: passar o fim de semana tomando sorvete e vendo filme sozinha OU me aventurar numa trip qualquer - o que não seria tão mal de se fazer mesmo sem companhia. Considerando que o Mr. Z. tinha ido embora há apenas 1 semana, eu não estava nem um pouco a fim de curtir fossa e ficar escutando "All by myself". Aí liguei pra Josie, uma croata piradinha e muitíssimo gente boa aqui do meu cluster, e ela topou fazer uma trip-relâmpago pra Philadelphia. Bookamos o hostel, compramos os tickets da Chinabus e lá fomos rumo à terra da Independência norte-americana. E posso dizer que a gente se divertiu demais. O hostel deu pro gasto pra uma noite, apesar de ficar num beco e de frente pra uma, digamos, casa de tolerância. Rodamos a pé igual peru e conhecemos um lado super bacana da cidade, pra qual muita gente torce o nariz por ser violenta. São Paulo também é violenta, ué, mas não deixa de ter várias e várias coisas legais pra se fazer. É só tomar cuidado e saber direito onde andar. Visitamos o famoso Liberty Bell, o Independence Hall e outros prédios relacionados à independência dos EUA. Depois do passeio histórico, rumamos pra South Street, que é tipo uma Rua Augusta da vida: cheia de barzinhos, galerias descoladas, lojinhas de arte... lugar pra gente alternativa assim como eu, hehehe. Lá também tem o Penn's Landing, um tipo de pier que fica bem de frente pro Delaware River e proporciona uma vista linda da cidade. Peregrinamos em três barzinhos, conhecemos gente pra lá de simpática e interessante (se eu não fosse uma moça comprometida teria perdido a dignidade fácil, como diz a Dreza) e andamos, andamos, andamos até o toque de recolher soar - sim, lá o prazo de validade da noite também é às 2 horas da manhã. Tsc, tsc... No segundo dia fomos, por sugestão do dude do hostel, pro Mosaic Garden (também na South Street), que é nada menos que uma casa toda decorada por mosaicos, obra de um artista local. Super válida a visita. Depois de andar, andar e andar mais ainda (dá pra cobrir quase todos os pontos turísticos a pé), fomos ao Reading Market, uma espécie de Mercadão de Philly: lá se vende todo tipo de frutas, legumes, temperos e iguarias direto do produtor. Pra uma filha de feirante, foi um colírio pros olhos! :-) Bem próxima do Reading Market fica a JFK Plaza, famosa pelas esculturas gigantes de peças de dominó, ludo e bingo, e, claro, pela escultura do "Love". Não é nada demais, mas você não estará em Philly se não tirar uma foto com esse ponto turístico pra lá de manjado. E após mais um minutinho de andança e vento na cara (como ventava aquele dia, minha senhora!) atravessamos o Franklin Boulevard e chegamos ao Philadelphia Museum of Art, o motivo para muita gente visitar a cidade. A razão é simples: lembram da cena clássica do filme "Rocky"? Então, foi filmada em frente desse museu. Depois de dar soquinhos no ar como o Stallone, apreciamos a vista da cidade, que das escadarias do prédio é bem legal. A visita acabou com mais uma caminhada e um merecido philly cheese steak, sanduíche típico da cidade que se resume a queijo e carne louca em um pão tipo baguete. E aí rumamos de volta pra Jersey em mais duas horas de sacolejada no ônibus dos chinas. O balanço da trip: Philadelphia é uma cidade pra lá de bacana, um misto na medida certa de história e modernidade que eu simplesmente adorei. E a companhia da Josie foi fundamental, porque fofocamos sem parar, rimos muito e nos conhecemos bem melhor, já que só estávamos acostumadas a nos encontrar em cluster meetings. Em resumo, ela passou no teste da trip com louvor, hehehe. Ah, e com certeza vou voltar pra Philly, porque esqueci total de comprar lembrancinhas e a cidade fica a apenas 2 horas de NYC, mesmo...
O pier da South Street, do qual se pode ver o Delaware River (e aquele barquinho ali na frente é nada menos que um restaurante flutuante, viu, gente?).
E a neve me perseguiu até Philly!
2 - Eu quero lutar, mas não com essa farda
No meu sétimo mês aqui nos EUA recebi a tão temida papelada da extensão. Eu vim pra cá com a idéia fixa de passar apenas 1 ano, mas por algumas vezes fiquei no "Should I stay or should I go?" e pensei se talvez não compensaria ficar mais um bocadinho, talvez por mais 6 meses. O motivo principal seria a melhora do inglês e os cursos que eu poderia fazer, mas depois de analisar racionalmente decidi que não, não vai rolar. Eu tenho um relacionamento pra lá de sério no Brasil, vários contatos profissionais (o que pra minha profissão é fundamental), e, sinceramente, ficar mais tempo aqui como au pair não dá MESMO. Extender por mais de 6 meses estaria fora de cogitação, ficar na mesma família por mais tempo também, e acredito que apenas 6 meses não sejam suficientes pra se adaptar a uma nova HF. Em resumo, tudo bem pensado e decidido: negada do Brasil, me aguarde que em maio estarei de volta!
3- Invasão Z. número 2
E eis que a 4 dias do Natal eu recebo o melhor presente que Santa poderia me trazer: a visita da minha sis Juliana. Passei 20 dias com a maluquete, matei as saudades de falar besteira até de madrugada, recebi mimos até dizer chega... sem contar que passeamos pra car$lho. Eu já disse isso antes, mas vou dizer denovo: como é bom ter por perto alguém que se preocupa de verdade com você, que te ama incondicionalmente (snif!). Deixando a viadagem de lado, posso dizer que a visita dela foi uma baita experiência não só pra ela, mas também pra mim. Juntas, comemoramos o Hannukah com a minha HF, ceamos o Natal com a minha turma do cluster (comentários no próximo tópico) e na casa de revista da mãe da minha host, celebramos a chegada do Ano Novo num inferninho em NYC (isso também merece comentários à parte), saímos de baladinha, chapamos o coco no cafofo do Osama, conhecemos pontos turísticos e um pouco além da Big Apple, encaramos trips pra Washington DC e New Hope... foram dias agitados! Nesses dias, várias pessoas comentaram, pra variar, que nós temos o jeito muito parecido. E fico orgulhosa de ser comparada com uma garota tão divertida, linda, inteligente - às vezes BEM atrapalhada, mas ninguém é perfeito, hehehe. Agora, sem me alongar demais senão as lagriminhas vão começar a rolar, só posso dizer que receber as visitas do Edu e da Ju em seqüência foi perfeito. Sou mesmo muito sortuda de poder ter duas pessoas que amo tanto perto de mim neste ano de tantas experiências boas e ruins, mas sobretudo intensas. E aí vão as fotas!
4- Natal e Ano Novo
Pra mim o Natal, mesmo sem planos, não seria de todo ruim, já que minha irmã estava dando o ar da graça por aqui e a Dreza viria passar o feriado aqui em Jersey. Mas eis que de última hora a Patrícia, au pair fofíssima daqui de Maplewood area, resolveu fazer um jantar com todas as au pairs que estariam perdidas na véspera de Natal. No dia 24 a Dre apareceu por aqui e passamos o dia cozinhando e falando besteira. O resultado foi uma ceia deliciosa (com direito a arroz brasileiro, farofa, maionese e o famoso rocambole de carne da chef Ju) em ótima companhia. Foi, sem dúvida, uma noite muito especial e divertida!
Quanto ao Ano Novo, ele permanecia uma incógnita até pouco tempo antes do dia 31. Já sabia que quem estaria por perto seriam apenas a Ju e a Vania, uma amiga super querida que acabou de ir embora pro Brasil (invejinha, hehehe). Como não rolava nem de longe uma vontade - e uma disponibilidade - de pagar 100, 200 dólares pra passar a virada numa festa cheia de gente fresca e música ruim, resolvemos pesquisar. E eis que eu acabei achando um barzinho no East Village que estaria promovendo uma festa 80's no New Year's Eve. Uma olhou pra outra e disse: perfeito! Tudo bem que o pé atrás permaneceu até chegarmos no lugar e a festa começar mesmo a ficar boa, mas foi tudo ótimo. Ah, primeiro tentamos dar uma pescoçada na Times Square pra ver o movimento de gente, mas o frio era tanto e a paciência de ficar andando quadras e quadras sem ver nada tão pouca que decidimos rumar downtown pra nossa festinha. E foi ÓTIMO. Música boa, bebida barata, figuras estranhíssimas e gays, váááários (o que pra mim é garantia de diversão, já que beijar na boca não é minha prioridade no momento, hehehe). Dançamos, bebemos, fizemos uma contagem regressiva autista, rimos até doer o maxilar... é, 2009 começou bem, muito bem. E vem que vem, maio!
Post gigantesco publicado, agora é hora de dizer: Let's kick some asses, dude!
No meu sétimo mês aqui nos EUA recebi a tão temida papelada da extensão. Eu vim pra cá com a idéia fixa de passar apenas 1 ano, mas por algumas vezes fiquei no "Should I stay or should I go?" e pensei se talvez não compensaria ficar mais um bocadinho, talvez por mais 6 meses. O motivo principal seria a melhora do inglês e os cursos que eu poderia fazer, mas depois de analisar racionalmente decidi que não, não vai rolar. Eu tenho um relacionamento pra lá de sério no Brasil, vários contatos profissionais (o que pra minha profissão é fundamental), e, sinceramente, ficar mais tempo aqui como au pair não dá MESMO. Extender por mais de 6 meses estaria fora de cogitação, ficar na mesma família por mais tempo também, e acredito que apenas 6 meses não sejam suficientes pra se adaptar a uma nova HF. Em resumo, tudo bem pensado e decidido: negada do Brasil, me aguarde que em maio estarei de volta!
3- Invasão Z. número 2
E eis que a 4 dias do Natal eu recebo o melhor presente que Santa poderia me trazer: a visita da minha sis Juliana. Passei 20 dias com a maluquete, matei as saudades de falar besteira até de madrugada, recebi mimos até dizer chega... sem contar que passeamos pra car$lho. Eu já disse isso antes, mas vou dizer denovo: como é bom ter por perto alguém que se preocupa de verdade com você, que te ama incondicionalmente (snif!). Deixando a viadagem de lado, posso dizer que a visita dela foi uma baita experiência não só pra ela, mas também pra mim. Juntas, comemoramos o Hannukah com a minha HF, ceamos o Natal com a minha turma do cluster (comentários no próximo tópico) e na casa de revista da mãe da minha host, celebramos a chegada do Ano Novo num inferninho em NYC (isso também merece comentários à parte), saímos de baladinha, chapamos o coco no cafofo do Osama, conhecemos pontos turísticos e um pouco além da Big Apple, encaramos trips pra Washington DC e New Hope... foram dias agitados! Nesses dias, várias pessoas comentaram, pra variar, que nós temos o jeito muito parecido. E fico orgulhosa de ser comparada com uma garota tão divertida, linda, inteligente - às vezes BEM atrapalhada, mas ninguém é perfeito, hehehe. Agora, sem me alongar demais senão as lagriminhas vão começar a rolar, só posso dizer que receber as visitas do Edu e da Ju em seqüência foi perfeito. Sou mesmo muito sortuda de poder ter duas pessoas que amo tanto perto de mim neste ano de tantas experiências boas e ruins, mas sobretudo intensas. E aí vão as fotas!
4- Natal e Ano Novo
Pra mim o Natal, mesmo sem planos, não seria de todo ruim, já que minha irmã estava dando o ar da graça por aqui e a Dreza viria passar o feriado aqui em Jersey. Mas eis que de última hora a Patrícia, au pair fofíssima daqui de Maplewood area, resolveu fazer um jantar com todas as au pairs que estariam perdidas na véspera de Natal. No dia 24 a Dre apareceu por aqui e passamos o dia cozinhando e falando besteira. O resultado foi uma ceia deliciosa (com direito a arroz brasileiro, farofa, maionese e o famoso rocambole de carne da chef Ju) em ótima companhia. Foi, sem dúvida, uma noite muito especial e divertida!
Quanto ao Ano Novo, ele permanecia uma incógnita até pouco tempo antes do dia 31. Já sabia que quem estaria por perto seriam apenas a Ju e a Vania, uma amiga super querida que acabou de ir embora pro Brasil (invejinha, hehehe). Como não rolava nem de longe uma vontade - e uma disponibilidade - de pagar 100, 200 dólares pra passar a virada numa festa cheia de gente fresca e música ruim, resolvemos pesquisar. E eis que eu acabei achando um barzinho no East Village que estaria promovendo uma festa 80's no New Year's Eve. Uma olhou pra outra e disse: perfeito! Tudo bem que o pé atrás permaneceu até chegarmos no lugar e a festa começar mesmo a ficar boa, mas foi tudo ótimo. Ah, primeiro tentamos dar uma pescoçada na Times Square pra ver o movimento de gente, mas o frio era tanto e a paciência de ficar andando quadras e quadras sem ver nada tão pouca que decidimos rumar downtown pra nossa festinha. E foi ÓTIMO. Música boa, bebida barata, figuras estranhíssimas e gays, váááários (o que pra mim é garantia de diversão, já que beijar na boca não é minha prioridade no momento, hehehe). Dançamos, bebemos, fizemos uma contagem regressiva autista, rimos até doer o maxilar... é, 2009 começou bem, muito bem. E vem que vem, maio!
Nós e a japa louca que grudou na gente durante a noite... garantia de MUITAS risadas! (e porque eu sempre pareço ser a mais bêbada?)
Post gigantesco publicado, agora é hora de dizer: Let's kick some asses, dude!
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